PREFÁCIO |
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INTRODUÇÃO |
08 |
ANOS 50 |
26 |
ANOS 60 |
32 |
ANOS 70 |
42 |
ANOS 80 |
48 |
ANOS 90 |
60 |
ANOS 2000 |
68 |
ANOS 2010 |
88 |
PRÊMIOS |
108 |
LINHA DO TEMPO |
116 |
CRÉDITOS DE IMAGENS |
132 |
AGRADECIMENTOS |
134 |
BIBLIOGRAFIA |
136 |
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O que fizemos nos últimos 60 anos no Brasil? Criamos história e revolucionamos a agricultura
nacional, fazendo parte do movimento que colocou os produtores brasileiros como referência
mundial. O nosso legado começou lá atrás, antes mesmo da chegada oficial por aqui, quando
aconteceu a primeira colheita mecanizada em solo verde e amarelo. Nós também estávamos
presentes quando a primeira frota nacional de tratores nasceu. Sempre em parceria com o nosso
maior relacionamento: os agricultores.
É por isso que 2021 não é um ano qualquer, é tempo de celebração, de renovação, de seguir
firmando esta parceria. Sempre colocando em campo tecnologia e alta rentabilidade, oferecendo
máquinas e serviços aos produtores de norte a sul do Brasil, além de ganhar o mundo. Afinal,
somos reconhecidos em mais de 170 países e temos o título de maior exportadora de máquinas
agrícolas da América do Sul.
A nossa missão é como o agronegócio, ela não pode parar. Assim, apenas nos últimos cinco anos,
renovamos toda a frota de máquinas agrícolas e continuamos investindo em novas tecnologias.
Tudo para aumentar a produtividade, a rentabilidade, cortar custos no campo e oferecer muita
capacidade operacional. E indo muito além: entendendo as verdadeiras necessidades dos
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produtores rurais, pouco importando qual é o tamanho da produção, nós queremos estar em
parceria com a realidade de cada um todos os dias.
O futuro que estamos construindo também traz o agricultor no centro de tudo: é esta a nossa
estratégia. O nosso objetivo é entender o que os produtores rurais precisam e oferecer soluções
agrícolas inteligentes, de alta qualidade e com o menor impacto ambiental possível. Tudo isso pra
dizer que esta parceria só deve aumentar nos próximos anos, com soluções inteligentes e
recursos digitais aprimorados. É o que esperamos continuar celebrando nestes próximos 60 anos.
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A Massey Ferguson, referência nacional em máquinas agrícolas, sinônimo de tecnologia, eficiência e qualidade em soluções para o campo, está completando 60 anos em solo brasileiro. O seu sucesso – consagrado em sinergia com o sucesso do agronegócio nacional – é resultado de um processo repleto de desafios e muita persistência.
Para que o agronegócio alcançasse bons resultados no Brasil, eram preciso tratores, colheitadeiras e implementos que apoiassem os produtores rurais para que eles pudessem multiplicar o resultado de seu trabalho, profissionalizar-se e produzir em escala comercial.
E, para que os tratores estivessem disponíveis em terras brasileiras, inclusive com serviços de assistência técnica, o país teve de ingressar na era da mecanização agrícola – o que aconteceu apenas quando não ficou mais somente restrito à importação.
Aqui entra a Massey Ferguson, protagonista desse movimento, a marca que em 1961 entregou ao país, saído de suas instalações em São Paulo, um dos primeiros tratores brasileiros, o MF 50.
Batizado de Cinquentinha em homenagem ao então presidente Juscelino Kubitschek e seu slogan desenvolvimentista de governo – “50 anos em 5”–, com o tempo o MF 50 acabou se tornando referência no campo e símbolo do pioneirismo com que a marca se dedicou a redefinir o modelo agroexportador do país.
O que a Massey Ferguson procurou oferecer ao produtor rural foi antes de tudo eficiência. Eficiência que pode ser traduzida como tecnologia, robustez, uma rede de concessionárias que garante assistência técnica de qualidade, alta produtividade, atualização, proximidade e comprometimento. Ouvir o produtor e atendê-lo onde fosse preciso, estar atenta às últimas tendências, aproximar-se das universidades e dos institutos de pesquisa agronômica, buscar parcerias para desenvolver produtos condizentes com as necessidades do campo: essas foram algumas das ações da Massey Ferguson para entregar a eficiência com a qual se comprometeu e que ajudou a construir a credibilidade da marca.
Nas décadas de 1960 e 1970, a Massey Ferguson procurou atender o agricultor brasileiro em sua necessidade de tratores robustos para revolver intensivamente o solo do Centro-Oeste e do Cerrado –as novas fronteiras agrícolas –para
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o plantio. Já na década de 1980, a marca teve de se adequar ao cultivo mínimo, ou plantio direto, que se tornou necessário para corrigir o mesmo solo, desgastado pelos excessos cometidos no passado com o uso intensivo dos arados e das grades que, na época, eram considerados os implementos corretos.
Nas décadas de 1990 e 2000, com a chegada da globalização e a crescente participação do agronegócio brasileiro no mercado mundial, a Massey Ferguson passou a oferecer o melhor da tecnologia embarcada, a reunir funções em um único implemento e a oferecer produtos maiores e mais robustos para atender às extensivas lavouras de grãos, que têm exigências de produtividade altíssimas. Mas não sem diversificar suas linhas, inclusive desenvolvendo produtos compactos para lavouras menores e de cultivos específicos, como os laranjais e os cafezais.
Mas a década de 2010 trouxe ainda mais mudanças para o agro. O desenvolvimento sustentável passou a ganhar mais força no país e, assim, no dia 1º de janeiro de 2015, entrou em vigor o Proconve MAR-I (MÁQUINAS AGRÍCOLAS E RODOVIÁRIAS-I) – resolução que permitiu ao Brasil ser o primeiro país da América Latina a ter controle de emissão de poluentes para
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equipamentos pesados. Porém, mais uma vez, a Massey Ferguson se antecipou e já contava com motores eletrônicos da AGCO Power em suas máquinas, como por exemplo o trator MF 8480 (2007) e colheitadeiras MF 9690 e MF 9790 (2007). Em 2017, passou a adotar a montagem de motores eletrônicos para equipamentos abaixo de 100cv e a partir de 2019, a montagem de motores eletrônicos para os maquinários acima de 100cv.
É claro, que essa nova década seguiu exigindo que o produtor conquistasse cada vez mais produtividade e competitividade. Para isso, a Massey Ferguson continuou inovando para oferecer a melhor tecnologia para o exercício da agricultura de precisão, disponibilizando tratores, colheitadeiras e implementos com sistemas capazes de produzir mapas de produtividade e de fornecer informações sobre rendimento das operações, para intervenções pontuais e precisas na lavoura. Por esta razão, a Massey Ferguson apresentou ao mercado brasileiro a nova Estratégia Global de Tecnologia da AGCO, o Fuse Technologies: a primeira solução aberta, móvel e de frota mista do mundo que conecta e integra à fazenda produtos e serviços para que o produtor possa atuar no lugar certo e no tempo certo, em todas as etapas de produção: plantio, manejo, colheita e armazenamento de grãos que conecta gerenciamento, controle e tecnologia
para aumentar a sua rentabilidade.
Tudo isso, permitiu à Massey Ferguson seguir lado a lado com produtores, contando com a sua confiança, o que foi fundamental para o enfrentamento dos desafios que surgiram em 2020, com a maior crise sanitária e humanitária dos últimos tempos, imposta pelo novo Coronavírus (Covid-19). As fábricas e concessionárias Massey Ferguson se adaptaram para continuar apoiando os agricultores que têm a missão de produzir alimentos para o mundo, pois o agro não pode parar.
Todas essas transformações serviram também para dar continuidade ao propósito de aliar a oferta de eficiência à entrega de verdadeiras soluções para o homem do campo. A marca, portanto, segue investindo em tratores, colheitadeiras, implementos e, principalmente, em serviços de pós-venda, para que nenhuma função seja subaproveitada e para que nenhum produto deixe o agricultor desassistido em momentos decisivos da produção. No passado, os técnicos da Massey Ferguson já atravessavam trilhas em lombo de burro para chegar aos campos mais distantes Hoje, com uma eficiente rede de mais de 200 concessionárias distribuídas pelos quatro cantos do país, a marca garante os serviços de pós-venda.
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Essa sintonia da Massey Ferguson com o campo brasileiro tem como resultado a clara preferência dos agricultores pela marca, com a qual há 60 anos eles cultivam suas terras. Mas a marca sabe que suas conquistas se devem também aos profissionais que vestiram sua camisa na missão de ajudar a desenvolver o país e gerar riquezas para o mundo. Nesse sentido, um crédito especial deve ser conferido à AGCO, empresa global dedicada ao desenvolvimento de projetos, fabricação e distribuição de equipamentos agrícolas
Desde 1996, ano em que adquiriu a Massey Ferguson, a AGCO vem proporcionando às atividades da marca no Brasil tecnologia de ponta e diversificação de produtos, além de fortalecimento para que os produtos feitos no Brasil tenham cada vez mais acesso aos mercados globalizados. São 4.600 concessionários e distribuidores Massey Ferguson no mundo.
Um exemplo desse compromisso foi o lançamento do MF 9030, desenvolvido no Brasil, o primeiro pulverizador Massey Ferguson já fabricado no mundo. Foi grande o significado desse lançamento, pois provou que, cada vez mais, o conhecimento tecnológico parte daqui para o mundo.
Já em 2019, foi a vez da Momentum se tornar o sonho de consumo de muitos agricultores, uma plantadeira dobrável, parte do primeiro projeto global da AGCO desenvolvido no Brasil. Disponível nas versões de 24, 30 e 40 linhas no espaçamento de 45 cm e caixa de armazenamento de 5.130 litros de sementes, a plantadeira está entre as maiores da categoria.
As conquistas foram muitas, ainda há muito por fazer, mas o futuro é promissor. Ter participado do processo que levou o Brasil a se tornar um dos celeiros do mundo talvez seja o melhor presente para a Massey Ferguson. Ser protagonista no esforço que possibilitou ao país ser reconhecido por uma agricultura que contribui para alimentar o mundo, tem um gosto especial de vitória, principalmente quando se pensa no longo trajeto que o país percorreu para sair da condição de importador de alimentos e se tornar exportador do agronegócio.
Todo esse tempo de maturação foi necessário para que o Brasil se tornasse um importante player do mercado mundial e passasse a dar o exemplo de nação que conseguiu transformar seus recursos de forma altamente produtiva, a ponto de as projeções atuais indicarem, para os próximos anos, um
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crescimento apoiado principalmente na superação dos índices de produtividade, que bate recorde a cada novo ano.
Ano após ano, década após década, o vermelho-vivo símbolo da Massey Ferguson não apenas abrilhantou os campos e a macroeconomia do país, como também angariou a satisfação de quem construiu individual e coletivamente esses números. Do Cerrado brasileiro repleto de soja aos arrozais do Rio Grande do Sul, passando pelos canaviais de São Paulo, pelos cafezais de Minas Gerais e pelos algodoeiros da Bahia, muita gente guarda a Massey Ferguson no coração. E às vezes até no próprio nome.
Este conteúdo comemorativo contará em detalhes os 60 anos de história da Massey Ferguson no Brasil. E, uma vez que a trajetória e o desenvolvimento do país devem muito ao uso que os brasileiros fizeram de suas vastas terras, é certo pensar que escrever e falar sobre a Massey Ferguson implica escrever e falar também sobre um pedaço importante da história do próprio Brasil.
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A Massey Ferguson é conhecida no mundo todo pelo vermelho-vivo de suas máquinas e pelo tríplice triângulo, cujos vértices inferiores, em branco, representam arados em contato com a terra.
Ao incorporar à sua marca a imagem do arado, um dos mais antigos instrumentos agrícolas, a Massey Ferguson faz referência à simbologia da fertilização da terra e à agricultura, a razão de ser da empresa e a atividade que historicamente permitiu à humanidade fixar raízes, produzir mais alimentos, ter excedentes, criar riquezas e construir as mais diferentes civilizações.
O tríplice triângulo permite também pensar na terra que permanece no arado, representada pela cor branca, como a indicação de uma ação contínua, de uma atividade cíclica, que nunca termina, tal qual o trabalho no campo, onde sempre é tempo de cultivar a terra para encher o mundo de alimentos e riquezas.
O logotipo da Massey Ferguson transmite ainda outro importante e interessante significado ao aludir a três gênios pioneiros da mecanização agrícola – Daniel Massey, Alanson Harris e Harry Ferguson – diretamente ligados à história da marca.
Filhos de imigrantes europeus, eles viveram na América do Norte entre a segunda metade do século XIX e o início do século XX, um tempo em que a energia elétrica e a energia a vapor eram novidades, e o motor a combustão uma promessa de futuro. Ao contrário do que se poderia supor, porém, Daniel Massey não conheceu Alanson Harris nem Harry Ferguson. Na verdade, nenhum trabalhou diretamente com o outro, e a continuidade de suas ações e invenções foi obra dos descendentes, que providenciaram aquisições e fusões e com o tempo acabaram dando à empresa o nome de seus ancestrais.
Mais do que nomes e sobrenomes, no entanto, o que ultrapassou o século XX e chegou ao século XXI, mantendo-se sempre presente na marca Massey Ferguson, foi a soma das qualidades individuais dos três pioneiros – a saber, a inventividade, a persistência e a genialidade com que desenvolveram máquinas robustas e ofereceram soluções para as reais necessidades do trabalho do homem no campo.
Assim, carregando no logotipo a homenagem a seus fundadores e a referência ao significado da agricultura para a humanidade, a Massey Ferguson se lança ao futuro imbuída do
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sonho que ajudou a plantar e no qual tem papel de protagonista. Qual sonho? O de facilitar o preparo e a transformação da terra em extensos campos de alimentos, de onde o homem sempre haverá de multiplicar riquezas e tirar a força para seguir em frente e fazer história.
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Um olhar sobre a América do Norte da segunda metade do século XIX ajuda a entender o pioneirismo da marca. Num tempo em que a tração humana e animal ainda movimentavam a maior parte das lavouras, homens visionários já plantavam a semente que faria da Massey Ferguson sinônimo de qualidade em mecanização agrícola.
Tudo começou em 1847, em Ontário, Canadá, onde o granjeiro americano Daniel Massey iniciava a fabricação de implementos agrícolas. Dono de grande inventividade, ele chegou a propor soluções que arrebataram muitos prêmios, inclusive na Europa. Foi assim que a fama de sua oficina cresceu. Com o tempo, o negócio passou às mãos de seu filho Hart, que mais tarde o transferiu para os irmãos.
Enquanto as invenções dos Massey conquistavam mais e mais produtores, um concorrente determinado disputava espaço no promissor mercado de equipamentos agrícolas. Era Alanson Harris, morador da cidade de Brandfort, que já possuía uma pequena fundição. Depois de quase três décadas de competição acirrada, as duas famílias descobriram que seria mais produtivo unir esforços para desenvolver
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novos produtos e ter maior poder de atuação. A união foi formalizada em 1891 com a criação da empresa Massey Harris.
Em pouco tempo, a nova companhia expandiu os negócios. Primeiro, ingressou na revenda de tratores, mas em 1928 passou a produzi-los. Décadas depois, a companhia deu um grande salto ao se aproximar do irlandês Harry Ferguson, famoso por ter revolucionado o sistema hidráulico dos tratores com o processo de engate de três pontos para o uso de implementos. Graças a essa novidade, batizada de Sistema Ferguson, os tratores passaram a somar o peso dos implementos à força de seu arrasto para aumentar a tração.
A parceria entre a Massey Harris e Harry Ferguson, porém, aconteceria apenas em 1953. Antes disso, Ferguson aumentou sua fama com o acordo fechado em 1938 com Henry Ford, o pioneiro da indústria automobilística. Entre 1939 e 1947 eles produziram os tratores da marca Ford-Ferguson. Desfeita a parceria, no final dos anos 1940, Ferguson decidiu fabricar sozinho um modelo popular que batizou de Fergie e que acabou se tornando o precursor do MF-35, o primeiro trator da futura Massey Ferguson.
No Brasil da década de 1950, aonde o Fergie chegava importado, ele logo passou a ser chamado de Ferguinho. Também ficou conhecido por aqui como o antecessor do MF 50, o Cinquentinha, que começou a ser produzido em terras brasileiras em 1961. Lá fora, a parceria definiu os contornos da marca, mantendo-se fiel ao espírito empreendedor de seus pioneiros. Com o tempo, a empresa veio a fabricar não só tratores e colheitadeiras, mas uma série de implementos que ajudaram a mecanizar definitivamente o campo.
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Daniel Massey nasceu em 20 de novembro de 1799 nos Estados Unidos, mas seus antepassados eram ingleses. Com um ano de idade mudou-se com os pais para a região de Ontário, no Canadá, e ali passou a infância ajudando o pai a desmatar a terra para o cultivo de grãos.
Com 13 anos, surpreendeu a todos ao conseguir gerenciar com sucesso a fazenda em que morava durante o período em que o pai combateu na guerra contra os Estados Unidos pela definição das fronteiras canadenses. A partir dos 19 anos, começou a tocar seus próprios negócios, primeiro extraindo madeira, depois cultivando trigo, até passar a se dedicar aos implementos agrícolas. Em sua oficina, fabricava arados, ancinhos, rastilhos, regadores, tachos e outras ferramentas. Mais tarde, comprou uma fundição e fez de seu negócio ao mesmo tempo fábrica e loja, na qual também vendia equipamentos de outros fabricantes.
Em 1851, embora os negócios continuassem em ascensão, Daniel Massey decidiu se aposentar, designando o filho Hart superintendente da empresa. Cinco anos depois, às vésperas de completar 57 anos de idade, Daniel faleceu, deixando seu empreendedorismo incrustado na marca que viria a espalhar seu nome pelo mundo.
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A família Harris partiu do Reino Unido em 1700 e instalou-se no estado de Connecticut, na costa leste dos Estados Unidos. Depois de se mudar para Boston e Mount Pleasant, os Harris montaram uma pequena serraria, onde inventavam instrumentos agrícolas. Era ali que Alanson, que nasceu em 1o de abril de 1816, ajudava o pai. Com o tempo, começou a reunir conhecimentos de mecânica e, anos depois, comprou uma pequena fundição na cidade de Beamsville, onde utilizava a força a vapor para produzir mais ferramentas.
Sempre atento às necessidades dos fazendeiros da região, desenhava e fabricava arados e semeadores, entre outros implementos. O negócio prosperou com a ajuda de seu filho. Em 1871, os dois se mudaram para o Canadá, perto da fronteira com os Estados Unidos, nas vizinhanças da família Massey. Foi ali que se uniram a outra empresa para incrementar a produção. Em 1891, quando Alanson já estava com 75 anos, acabaram por se juntar à Massey, que há muito tempo era administrada pelos descendentes de Daniel. Ele morreu três anos depois.
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Harry Ferguson nasceu no dia 4 de novembro de 1884 na Irlanda do Norte. Filho de fazendeiros, viu florescerem suas habilidades de engenheiro e inventor a partir do trabalho como aprendiz na área de mecânica. Aos 27 anos, criou o embrião da empresa Harry Ferguson, passando a agenciar vendas para fábricas de tratores.
Como considerava os tratores rudimentares demais, com seu gancho de engate para puxar os implementos, Harry criou uma unidade integrada, que juntava trator e implemento. A vantagem da invenção era clara: os tratores podiam ser manobrados com mais facilidade nas curvas do final dos campos, nos cantos e durante o transporte. O novo engate, que ficou conhecido como Sistema Ferguson, era sensível e reagia à ação da carga puxada, ou seja, a resistência encontrada pelo implemento no contato com o solo era transferida para o trator, aumentando sua tração e sua capacidade de trabalho.
A primeira aplicação comercial do sistema foi vendida por Ferguson para os tratores Fordson, na década de 1920, mas o sucesso veio mesmo quando Henry Ford, o dono da empresa, reorganizou sua produção, em 1928. Nesse momento Harry decidiu aproximar-se de Ford e trocar a ligação mecânica por um sistema
hidráulico, de três pontos, com elementos de controle automático. Esse desenvolvimento culminou na produção do primeiro protótipo de um trator verdadeiramente Ferguson. Totalmente preto, ele foi apelidado de Ferguson Black. Por volta de 1937, Ferguson e sua equipe desenharam um dispositivo que permitia que a bomba hidráulica funcionasse mesmo com o trator parado. Ou seja, os implementos podiam ser movimentados com o trator estacionado. O acordo comercial com a Fordson para a produção daquele que ficou conhecido como trator Ford com o sistema Ferguson vigorou de 1939 a 1947.
Depois disso, Harry estabeleceu seu próprio negócio nos Estados Unidos, onde, em 1948, começou a fabricar tratores da série TO. Em 1953 a empresa se fundiu à Massey Harris, e, um ano depois, o trator TO 35 incorporou a função que permitia à bomba hidráulica funcionar mesmo com a embreagem acionada. O TO 35 foi desenvolvido como Ferguson 35, Massey Ferguson, Massey Ferguson 65 e Massey Harris 50, este já pintado na cor vermelha. Todos os modelos possuíam transmissão de suas marchas e roda livre.
Harry Ferguson morreu em 1960, aos 76 anos de idade.
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O produtor paulista Darcy José Coloca, que mora em Gameleira, no estado de Goiás, explica a paixão pela marca com agradecimento: “Esse amor pelo trator não é à toa. Não é mania, como dizem alguns vizinhos. Aqui tem parceria de vida”. E acrescenta: “Eles trabalharam muito, me ajudaram demais”. “Eles” são três tratores. O primeiro tem 40 anos e foi comprado pelo pai em 1963. Foi com essa máquina que o senhor Darcy começou a vida. Os dois seguintes, de 1964 e 1965, ele mesmo comprou, com bastante sacrifício, para cultivar seu pequeno pedaço de terra.
No início dos anos 1960, o trator era uma novidade no campo. Quando o primeiro Cinquentinha surgiu na propriedade da família do senhor Darcy, a vizinhança parava
para admirá-lo. “O Ferguinho não esquentava nunca, por isso, para aproveitar o ritmo dele, a gente se dividia em três operadores, oito horas para cada um.”
O trio de tratores acompanhou o senhor Darcy até os dias atuais, de muita prosperidade e
frota grande e renovada, que hoje inclui uma colhedeira MF 3640 e os tratores MF 265 e MF 5290. Os velhos amigos ficam alojados perto da sede da fazenda e ainda não foram aposentados. “Não se joga Massey Ferguson em ferro-velho”, diz o senhor Darcy. Quando ele quer testar a habilidade de um candidato a operador, manda-o subir num deles, de preferência no mais antigo. Segundo o senhor Darcy, há duas razões para o teste. A primeira é que a máquina é tão resistente que suporta incólume o pior dos operadores. A segunda é que, se o sujeito não conseguir operar um Massey Ferguson, pode desistir da profissão.
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Quando, em 1961, a Massey Ferguson anunciou o lançamento do trator brasileiro MF 50, o Cinquentinha, já havia no país quem fosse apaixonado pela marca. A preferência dos agricultores brasileiros pela Massey Ferguson começou antes mesmo de a marca possuir fábrica no país e tinha uma razão muito simples: seus produtos dispunham do Sistema Ferguson, eram mais robustos e fáceis de operar, e isso signficava mais qualidade e segurança em um cenário verdadeiramente caótico.
O maior problema da época era o excesso de máquinas agrícolas importadas e comercializadas pelas concessionárias de então, que ofereciam mais de 143 marcas de tratores, com cerca de 350 modelos cada. Não havia
peças de reposição e assistência técnica para todos. Tratava-se de um problema sério para os produtores rurais, mas que também afetava os comerciantes do setor, já que todos eram obrigados a esperar meses para consertar uma única máquina, com significativos prejuízos para seu negócio.
Essa situação tinha como causa o estágio de desenvolvimento econômico do Brasil, que, sem um parque industrial constituído, não dispondo sequer de maturidade e profissionalismo na área, era obrigado a importar todo tipo de bens de produção.
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O cenário começou a mudar apenas a partir da segunda metade dos anos 1950, com a aceleração da industrialização promovida pelo governo de Juscelino Kubitschek, que, entre outras medidas, criou o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (Geia) em 1956 e lançou o Plano Nacional da Indústria de Tratores em 1959. A estratégia culminou com a abertura de fábricas de automóveis e caminhões e, em meio a iniciativas de outras marcas, com o lançamento do MF 50. Com a subsequente chegada ao país de outros fabricantes de tratores e com a onda de profissionalização que se verificou entre os fabricantes nacionais de implementos, até então pulverizados em pequenas plantas caseiras, o Brasil finalmente entrou para era da mecanização agrícola.
Para que a fábrica da Massey Ferguson se tornasse uma realidade no país, foi preciso, porém, uma boa dose de pioneirismo e visão de futuro para preparar o terreno e esperar pelas decisões favoráveis do governo brasileiro. E foi exatamente isso o que fizeram os fundadores da Distribuidora de Automóveis Studebaker Ltda., o americano Swend Hartmann Nielsen, ex-superintendente da Ford no Brasil, e os empresários do Grupo Mundo Novo, de São Paulo, que tinha negócios com bancos, imobiliárias, loteamentos e hotéis.
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Juntos eles compraram terrenos na região metropolitana da capital gaúcha, em Canoas, para onde, em 1952, mudaria a Minuano, a concessionária com a qual o grupo se associaria. A estratégia da Studebaker incluía obter exclusividade sobre os produtos Massey Harris no Brasil e ter ainda vários pontos de revenda de veículos e de tratores pelo país, o que explica em parte o sucesso da marca por aqui: a rede de concessionárias chegou antes da fábrica e já somava 180 pontos, boa parte deles no Rio Grande do Sul, estado onde havia uma forte atuação agrícola.
É claro que a decisão dos donos da Studebaker de optar pelo nome Massey Harris para o centro dos próprios negócios não ocorreu por acaso. Por trás dela já havia a solidez da marca e a preferência dos clientes, como a do produtor de arroz irrigado Adriano Scherer, do Rio Grande do Sul, que realizou em 1937 a primeira colheita
mecanizada do país com uma colheitadeira Massey Harris modelo 20, logo seguido por José Carlos Krebs, Ângelo Rossi, Pedro Martini e Ernesto Mozamo, na safra de arroz de 1939, entre muitos outros produtores.
Enquanto os negócios da Distribuidora Studebaker cresciam, a Massey Harris virou Massey Ferguson e o momento certo de começar a fabricar carros e tratores no Brasil finalmente chegou, com as novas políticas do governo federal. A Studebaker teve de mudar a razão social e se associar à Vemag, a empresa que viria a produzir o automóvel DKW, e logo precisou enfrentar outro grande desafio: convencer Albert A. Thornbrough, então presidente executivo da Massey Ferguson mundial, a instalar uma fábrica no Brasil. A condição imposta por ele foi a de que fossem vendidos 1.500 tratores em um ano, com faturamento de 100.000 dólares.
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Foi um tempo de redefinir estratégias e correr contra o relógio. Visando diminuir custos, decidiu-se alugar um depósito, onde no futuro seria construída a nova fábrica, com financiamento da própria Vemag, que se tornou detentora de 95% da Massey Ferguson do Brasil por algum tempo. Mas faltava ainda o apoio da rede de concessionárias, algo obtido em um encontro em Poços de Caldas, onde o projeto dos tratores foi apresentado e se conseguiu pagamento à vista e antecipado.
A fábrica foi instalada primeiramente na Vila Carioca, no bairro do Ipiranga, zona sul de São Paulo. Posteriormente ela se mudou para o bairro do Jaguaré, onde ocupou um prédio de 7.000 metros quadrados. No primeiro ano, foram produzidos apenas sete tratores, mas, no ano seguinte, a fábrica da Massey Ferguson no Brasil produziu 1.528 unidades.
As bases para a produção de tratores nacionais estavam sólidas e definitivamente assentadas quando o presidente Juscelino Kubitschek deixou o governo. Por isso é seu sucessor, o presidente João Goulart, quem aparece prestigiando o Cinquentinha juntamente com os executivos mundiais da Massey Ferguson e outras testemunhas privilegiadas, em foto comemorativa dessa importante e histórica conquista.
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Os anos 1960 dividiram a história da agricultura brasileira em dois momentos importantes. Para trás ficou o tempo em que a geração de riquezas agrícolas estava limitada pela dependência quase exclusiva da tração humana e animal. À frente, acenando com complexas e profundas transformações, estava a era da agricultura moderna, em que a mecanização era apenas o começo.
A partir da implantação da fábrica da Massey Ferguson em São Paulo e do imediato lançamento de seu primeiro trator brasileiro, o MF 50, momento histórico em que a marca assumiu o papel de protagonista, os produtores rurais e as lavouras do Brasil puderam efetivamente descobrir o poder da tecnologia, ou
melhor, o poder da tecnologia colocada à serviço da eficiência produtiva no campo.
O país contava então com 71 milhões de habitantes e convivia com toda sorte de problemas. Na época, por exemplo, menos da metade da população vivia nas cidades, o que significava ter a maioria dos brasileiros morando na zona rural, onde tampouco existiam processos produtivos capazes de compor um mercado interno e promover o desenvolvimento. A industrialização ainda era incipiente, havia grandes deficiências econômicas e sociais, mas também de infraestrutura básica, incluindo altos índices de analfabetismo.
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Em relação à produção agrícola, a grande maioria das atividades continuava concentrada na faixa litorânea, próximo aos portos, uma herança dos antigos ciclos históricos da cana-de-açúcar e do café. A produção nacional de grãos no período, que estava longe de ocupar as terras centrais do Brasil, não passava de 20 milhões de toneladas por ano, o que obrigava o país a importar alimentos.
Com o início gradual da mecanização das lavouras, esse cenário logo começou a mudar, gerando transformações de todos os lados. De pronto houve o esperado aumento da frota de tratores de rodas: foram produzidos 74.463 tratores na década, com a Massey Ferguson fabricando pouco mais de 27.000 unidades, quase 35% da produção nacional do período, segundo dados da Anfavea. E o que se viu a seguir, como decorrência imediata desse crescimento, foi a explosão da demanda e da oferta de implementos agrícolas, já que agora havia tratores para puxá-los. Resultado: ferramentarias de fundo de quintal evoluíram para empresas, passando a gerar empregos e a pagar impostos, promovendo, juntamente com a ampliação das lavouras e da produção, o rápido desenvolvimento de algumas regiões – como aconteceu com as cidades gaúchas de Passo Fundo, Não-Me-Toque, Ijuí, Carazinho, Santo Ângelo, entre outras, de onde em breve iria surgir outra importante revolução a redefinir a vocação agrícola do país.
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Graças à grande quantidade de arados, grades, semeadoras, adubadoras e pulverizadores para o cultivo intensivo do solo, durante algum tempo a produção das lavouras só fez aumentar. Com a força e a tecnologia dos tratores moldando a nova realidade do campo, em dez anos, a contar do início da década de 1960, as terras cultivadas do país passaram de cerca de 26 milhões hectares para quase 35 milhões hectares, um crescimento de 35%.
Não demorou muito para que um novo caminho surgisse no horizonte desse cenário já bastante promissor. Uma vez que muitas regiões, em especial o norte do Rio Grande do Sul, registravam surtos desenvolvimentistas gerados pela nova e moderna agricultura mecanizada – tanto no campo propriamente dito quanto nas atividades comerciais e de serviços ligadas ao setor, caso das concessionárias de máquinas e insumos –, o mais lógico seria continuar a abrir novas áreas de plantio, buscando uma cultura na qual se pudesse focar toda uma produção comercial destinada a criar excedentes e riquezas. E assim foi feito.
A soja, que sequer era uma cultura importante, chamou a atenção por apresentar excelente remuneração no mercado internacional, o que acabou estimulando a criação das primeiras empresas esmagadoras de grãos. Daí foi só um pulo para o grande salto que levou as novas
atividades agrícolas para as terras do oeste do Paraná, do oeste de Santa Catarina e do Mato Grosso, devidamente acompanhadas de iniciativas que, pela primeira vez, promoveram interações entre a agricultura e a indústria, ou seja, que promoveram a industrialização da agricultura.
Para plantar e produzir mais e melhor, o produtor passou a contar com a força dos tratores e dos implementos fabricados no país, mas também com os defensivos, os fertilizantes industrializados, e, principalmente, as sementes melhoradas e de alto rendimento que logo encontraram um ambiente propício para crescer como negócio. Estava armado o cenário para o movimento que ficou conhecido pelo nome de “revolução verde”, para o qual se juntaram três tecnologias de atuação no campo: a tecnologia das máquinas agrícolas, a tecnologia dos insumos químicos e a tecnologia das pesquisas agronômicas. Tudo somado ao apoio de safras bem remuneradas e da alta receptividade internacional dos grãos.
Nesse contexto de transformações que ajudou a desencadear, a Massey Ferguson se manteve junto dos produtores rurais, mas também de todos os outros agentes dos complexos agrícolas em formação. Para conhecer as tendências e demandas, a marca investiu cada vez mais em proximidade, tratando de
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aumentar sua presença nas áreas agrícolas com mais concessionárias e melhores serviços, mediante a disponibilização de peças e de assistência técnica, inclusive nos locais mais distantes do país. Por isso os “espetáculos itinerantes” em que técnicos representantes da empresa venciam distâncias impensadas e os mais variados obstáculos para chegar até os produtores, em uma época em que praticamente não existia infraestrutura rodoviária. Onde houvesse usuários de um trator Massey Ferguson, lá estavam eles para promover eventuais reparos, mas, sobretudo, para ensiná-los a operar as máquinas e a obter mais rendimento e eficiência em suas culturas.
A principal necessidade dos produtores dos anos 1960 tinha a ver com o intensivo trabalho de expansão das fronteiras agrícolas, e a resposta da Massey Ferguson foi oferecer tratores ainda mais robustos, e, posteriormente, tratores com mais capacidade de tração, buscando sucessivas melhorias em seus sistemas mecânicos. A marca também tratou de atender a uma antiga reivindicação, que era a de dotar os tratores com motores a diesel, solução que viabilizou com a parceria firmada com a Motores Perkins, empresa que no futuro se tornaria uma associada Massey Ferguson.
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Percebendo ainda que havia grande demanda por implementos cada vez mais sofiticados, em pouco tempo a Massey Ferguson trataria de ajudar o Brasil não só a preparar, plantar e cultivar o solo, mas também a colher os frutos da terra.
Assim que a fábrica da Massey Ferguson localizada em São Paulo acionou sua linha de montagem para lançar os primeiros tratores, notícias bem animadoras chegaram de uma de suas concessionárias. As boas-novas vinham da Minuano, concessionária de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que além dos tratores Massey Ferguson também vendia produtos DKW, da Vemag. O motivo da animação era a agilidade com que a Minuano, acompanhando o crescimento do norte gaúcho, abrira filias em várias cidades, começando por Santo Ângelo, Pelotas, Cruz Alta e Santa Cruz.
Antes da opção pela soja, plantava-se ali sobretudo arroz e trigo, em pequenas propriedades. Com o incremento que a produção de grãos sinalizava para o futuro, a demanda por colheitadeiras se fazia cada vez mais presente. A empreitada que começava a se delinear levou a Minuano a enveredar pela fabricação de máquinas agrícolas, algo que já fizera antes ao lançar um arado próprio, produzido com muita criatividade e empreendedorismo. (A empresa teria usado postes de luz reciclados como peças, uma solução proposta pelo então diretor Luiz Adams, até que tubos feitos a partir de chapas planas fossem encontrados.)
Em 1963, a Massey Ferguson e a Minuano finalmente estabeleceram uma parceria promissora, em que a marca dos robustos tratores estamparia implementos por ela fabricados, sempre dentro das suas rígidas especificações. O desafio inicialmente proposto consistia em lançar um produto novo a cada dois ou três meses, por isso logo foram fabricadas grades e outros implementos, muitas vezes inspirados em produtos importados. Até que a notícia do incentivo do governo brasileiro para a fabricação de colheitadeira aguçou ainda mais o empreendedorismo de todos.
No entanto, para que a Minuano fabricasse colheitadeiras da marca Massey Ferguson, seria preciso outra licença. E foi atrás dela que a equipe de implementos fabricados no sul correu sem medir esforços. Entre eles estavam o engenheiro Nestor Farina e mais 12 pessoas da fábrica, como o projetista alemão Klaus Ballmeister e o técnico industrial Antônio Usevicius. O local escolhido para a fábrica foi a cidade
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de Canoas, próximo a Porto Alegre, para onde a Minuano se mudara porque ali ficava a sede de um de seus principais fornecedores. Para dominar a fabricação das colheitadeiras Massey Ferguson, os envolvidos desmontaram e remontaram várias vezes uma colheitadeira MF 187 importada da Alemanha para conhecer cada uma das peças, além das máquinas e ferramentas que seriam necessárias para sua fabricação.
Havia muito a conquistar, e o esforço valeria a pena. Com as fotos desse trabalho e dos primeiros protótipos que saíram das instalações de Canoas – já apresentados em demonstrações de campo –, a equipe do sul conseguiu convencer a diretoria da Massey Ferguson de São Paulo a dar-lhe a licença da marca para as colheitadeiras.
Corria o ano de 1969. Com a tendência do período de fazer o negócio crescer incorporando outras empresas, logo foi a vez da Minuano entrar definitivamente para o time da Massey Ferguson, que por essa razão passou a se chamar Massey Ferguson do Brasil S. A. Indústria e Comércio.
Um ano depois, já equipada com motor Perkins de seis cilindros a diesel, a colheitadeira MF
210 chegou ao mercado, 20% nacionalizada (pneus, rodas, tanque de grão, eixo dianteiro). A partir de 1973, a conquista se ampliou: 97% da máquina era composta de peças nacionais, com exceção apenas dos componentes elétricos e da embreagem. O futuro estava apenas começando.
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O sergipano Milton Paixão dos Santos, morador da cidade de Campos, no Rio de Janeiro, expressou de maneira inusitada a paixão que tem pela marca: batizando os filhos de Massey e Ferguson. O mais velho é Leonardo Ferguson Chagas dos Santos e o do meio se chama Massey Chagas dos Santos. O terceiro estava destinado a se chamar Perkins, em homenagem ao motor que equipava o trator, mas a mãe interveio e ele acabou virando Gustavo. No entanto, também contaminado pela paixão do pai, Gustavo diz que tem sangue Massey Ferguson nas veias.
O senhor Milton tem na ponta da língua a explicação para esse amor: “O trator Massey Ferguson é um amigo que só me fez bem durante toda a vida. Quer motivação melhor?” E acrescenta: “Este trator tem tudo que um veículo agrícola precisa. É econômico demais. Dura mais de 30, 40 anos. Tem um sistema hidráulico tão bem projetado que dá tal segurança que até funciona como prevenção de acidentes. E, com um pouco de cuidado, qualquer um dirige”.
Graças à renda do trabalho como vendedor de tratores Massey Ferguson para produtores de cana no interior do Rio de Janeiro, ele comprou sua propriedade em Parnaguá, no Piauí, e criou a prole, que a essa altura já contava com Laline, assim batizada em homenagem à lua.
“Eu tinha orgulho de subir no trator e mostrar as habilidades dele. E o trator nunca falhou, retribuindo a atenção que eu dava. Porque também nunca deixei ele magoado. Nem água suja dei para ele beber. Me chateava ver, de longe, algum tratorista deixando ele soltar fumaça. Descia do carro e ia lá na lavoura, pedia para ver, ajustava uma peça e ele voltava a andar macio. Deixava a lição de graça para o tratorista: ‘Meu filho, o trator Massey Ferguson não fuma’.”
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Um novo Brasil floresceu ao longo dos anos 1970. Das sementes lançadas na década anterior começou enfim a brotar um país mais moderno, urbanizado e industrializado, com uma agricultura cada vez mais mecanizada e comercial, distante da monocultura exportadora do passado e entrelaçada aos modernos complexos agroindustriais. Tudo o que havia sido delineado nos anos anteriores, em todas as áreas, intensificou-se e ganhou contornos definidos, passando a determinar os rumos do Brasil futuro.
O crédito abundante e as isenções fiscais oferecidas pelo governo, somados a investimentos estrangeiros, criaram as condições que impulsionaram a abertura de fábricas, novos estabelecimentos comerciais
e muitos negócios, assim como a construção de grandes obras de infraestrutura. Foi nesse período que se estabeleceu a presença estatal nas áreas de siderurgia, petroquímica, energia, telecomunicações e financeira e que teve início a construção da ponte Rio-Niterói, da rodovia Transamazônica, da usina nuclear Angra I e das hidrelétricas de Ilha Solteira, Tucuruí e Itaipu.
As cidades também cresceram muito nos anos 1970, atraindo trabalhadores e formando o tão desejado mercado consumidor interno, que viria a movimentar parte importante da economia brasileira. Logo o crescimento do PIB do país alcançou taxas altíssimas, oscilando entre 5% e 14% ao ano principalmente no início da década – razão pela qual essa época passou para a história como o “milagre econômico brasileiro”.
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No campo, as transformações foram ainda mais significativas, com o Brasil atingindo picos de mecanização e de expansão agrícolas jamais vistos: em apenas dez anos, a área cultivada triplicou e a frota nacional de tratores sextuplicou, chegando a cerca de 450.000 unidades.
Mantendo-se em total sintonia com o momento vivido pelo país, mas sem desviar a atenção dos rumos traçados para o futuro, em 1975 a Massey Ferguson bateu seu primeiro recorde brasileiro, com a produção de 29.433 tratores de roda em um único ano pela fábrica instalada em São Paulo – ou seja, mais de 50% da produção anual do país. Do início ao fim da década, segundo a Anfavea, a empresa estampou sua marca em quase 95.000 tratores. De 1976 até o fim deste período foram produzidas também 4.107 colheitadeiras na então recente unidade fabril de Canoas, no Rio Grande do Sul.
Tamanha produção exigiu da Massey Ferguson muita logística e maturidade empresarial, incluindo a qualidade dos serviços de pós-venda oferecidos pelas concessionárias. Comprometidas a ampliar e melhorar sua atuação no país, em outubro de 1974 elas se reuniram no Conselho Nacional dos Revendedores Massey Ferguson – embrião da futura Unimassey –, numa pronta resposta da marca às mais diferentes demandas dos produtores rurais e da estruturação econômica do Brasil.
De olho no futuro, era grande o compromisso de todos com a busca de uma matriz agroexportadora, a ser estruturada a partir de culturas mais comerciais e de grande escala. Daí a escolha da produção maciça de grãos, com destaque especial para a soja, cultura que continuava a se manter em alta e a apresentar crescente demanda no mercado externo. Cultivada no sul do país havia alguns anos como cultura de verão, a soja estava bem adaptada a esse solo com longo histórico de práticas agrícolas. Era grande a expectativa, portanto, de que nas novas terras do Centro-Oeste a soja tivesse o mesmo desempenho, mas isso só aconteceu a médio prazo.
A soja proporcionava grande oportunidade de negócios para as indústrias de insumos e de transformação de grãos, como a fabricação de farelo e óleo. Essas indústrias, por sua vez, geravam negócios na área de produção de suínos, aves e leite, propiciando também a abertura de grandes frigoríficos, fábricas de alimentos e cadeias de varejo. Foi nesse contexto que surgiu o Programa Nacional do Álcool, que ajudou o Brasil a acelerar ainda mais a produção agrícola. Lançado em 1975 pelo governo federal, o Proálcool tinha por objetivo oferecer uma alternativa ao petróleo como combustível, o que gerou a primeira grande
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onda de mecanização das lavouras de cana-de-açúcar.
Numa época em que, para produzir mais e alcançar as safras desejadas, era preciso dispor de mais áreas destinadas à agricultura, a saída foi incrementar a expansão das fronteiras agrícolas. Até o final da década, os desbravadores que continuavam a sair do Sul atingiriam o Mato Grosso, Goiás, o oeste de Minas Gerais, o sul e o oeste da Bahia. Ao som do slogan “Plante que o governo garante”, o campo recebeu, ao longo da década, direta e indiretamente, bilhões de dólares ao ano em investimentos.
Outra iniciativa de importância capital para a nova realidade do país foi o investimento na pesquisa agronômica, que teve na criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, em 1973, um de seus marcos. A estatal surgiu para dar suporte científico e tecnológico à agricultura e à pecuária, e a Massey Ferguson se manteve sempre próxima dela. Em pouco tempo, cursos de pós-graduação em agronomia se multiplicaram pelo país, abrindo caminho para a criação das futuras fundações de pesquisa mantidas por cooperativas de produtores.
Como consequência dessas e de outras medidas, a colheita de grãos da década foi
bastante positiva. A produção de soja, por exemplo, passou de 1,9 milhão de tonelada em 1970 para mais de 12 milhões de toneladas em 1979, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Já a produção de cana-de-açúcar, que era de quase 68 milhões de toneladas no início dos anos 1970, praticamente dobrou até o final da década.
E a Massey Ferguson mais uma vez desempenhou papel de protagonista, pois a marca foi decisiva para viabilizar o cultivo maciço de grãos, de cana-de-açúcar e de outras culturas a partir dos tratores, das colheitadeiras e dos implementos que disponibilizou, sempre em sintonia com as necessidades do produtor e os avanços agronômicos do momento.
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Uma prova desse comprometimento pode ser encontrada na configuração dos tratores da época: modelos mais robustos e pesados, com maior potência e mais marchas, ideais para lavouras difíceis e o uso intensivo de implementos. O objetivo da Massey Ferguson era atender a todos os tipos de cultivo nas mais diferentes topografias: do Sul, onde as culturas de arroz irrigado requeriam pneus com garra alta e menos velocidade, ao Centro-Oeste, onde a cultura de grãos, depois do uso contínuo de arados e grades, exigia mais torque e velocidade, passando pelas difíceis lavouras de cana-de-açúcar do Sudeste.
Para dar conta da empreitada, a Massey Ferguson aumentou a potência de seus tratores, que passaram para 65 cv, em vez dos 37 cv do antigo Cinquentinha, e desenvolveu a linha MF 200, com nove opções de modelos adaptados a diferentes culturas e tipos de terreno. O MF 275 logo se destacou, tornando-se o mais vendido de todos os tempos. No final da década a empresa lançou a colheitadeira MF 5650, outro sucesso de vendas e objeto de desejo dos produtores rurais de todo o país. Na mesma época, pensando na segurança dos operadores, ou seja, antecipando a preocupação com o bem-estar dos trabalhadores, com salubridade e ergonomia, a marca desenvolveu estudos para oferecer tratores e colheitadeiras com cabine climatizada, tendência que se materializou apenas nos anos seguintes.
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Quando os anos 1970 chegaram ao fim, o Brasil havia enveredado por um caminho sem volta. Ao fincar raízes no campo, o empreendedorismo criou as sementes da riqueza que dali brotaria em algumas décadas. A verdade é que as safras recordes do Brasil futuro não teriam sido possíveis sem dois fatores decisivos deste período: a persistência com que os produtores rurais encararam a expansão das fronteiras agrícolas do país e a segurança de poder contar com as vantagens da mecanização agrícola de qualidade, algo que desde o início foi oferecido pela Massey Ferguson.
Afinal, quem se arriscou a desbravar as matas fechadas do Centro-Oeste brasileiro no início encontrou apenas solos muito ácidos e arenosos, impróprios para o cultivo de grãos. Daí a necessidade de recorrerem às facilidades proporcionadas pela mecanização agrícola, primeiro para abrir e limpar as novas áreas, e, em seguida, para usar intensivamente os implementos segundo os conhecimentos da época. Quando foi preciso, a tecnologia disponível ajudou-os também a plantar culturas prévias - caso do arroz de sequeiro - para deixar o solo com composto orgânico suficiente para que o sonho de aumentar a produção de soja se tornasse realidade.
Fosse qual fosse a distância ou a demanda, em todos os desafios que se apresentaram nos anos 1970 a Massey Ferguson se aparelhou para atender bem o produtor rural. Com foco na produção e nos serviços de pós-venda, a marca se definiu como uma empresa de alta tecnologia e com capacidade para grandes volumes, capaz de rapidamente se estruturar para bater recordes de fabricação e atender à demanda de um Brasil em transformação e pleno crescimento.
Sem perder de vista o compromisso de ajudar a reduzir a carga de trabalho dos agricultores, a multiplicar seus resultados, a viabilizar a produção em escala e a gerar excedentes, quando o cenário econômico começou a mudar, no final da década, mais uma vez a Massey Ferguson mudou com o Brasil. Por conta de uma crise que se alastrou pelo mundo, o foco mudou da produção para a produtividade, e a nova demanda foi influenciada sobretudo pelos conhecimentos gerados pelas pesquisas agronômicas. Foi a esse desafio que a marca se lançou nos anos seguintes.
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Após três décadas de crescimento acelerado, os anos 1980 chegaram trazendo muitas dificuldades para o Brasil. Em 1981, o PIB do país caiu 4,3% em relação ao ano anterior, e a inflação acumulada no ano anterior foi de cerca de 110%; as grandes obras públicas precisaram ser interrompidas e os investimentos estrangeiros simplesmente desapareceram. O endividamento externo do país ao longo desses anos quase dobrou, chegando a 65 bilhões de dólares, com os juros na casa dos 6 bilhões de dólares.
Terminou assim o milagre econômico brasileiro, e seu fim foi consequência direta da crise mundial do petróleo iniciada anos antes, quando os países produtores de petróleo, concentrados no Oriente Médio, elevaram o
preço do barril em 300%, gerando altas taxas de juros internacionais, uma prolongada recessão nos Estados Unidos, e, por extensão, crises recessivas em vários outros países.
No Brasil, durante a instabilidade macroeconômica que perdurou por alguns anos, houve a descapitalização de muitos produtores rurais, a quem o governo não oferecia mais crédito subsidiado nem a garantia de preços mínimos estáveis, obrigando-os ainda a conviver com a onda de importações de alimentos. Com isso, o endividamento de alguns setores do campo aumentou, tornando necessária uma reestruturação generalizada.
Ao longo da “década perdida”, o Brasil passou por vários planos econômicos – Plano Cruzado
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Manter-se próxima do agricultor e sintonizada com o seu tempo sempre foi uma característica da Massey Ferguson. Assim, numa época de recordes de produção canavieira no Brasil, a marca lançou o primeiro trator movido a álcool, o MF 290 Álcool. A iniciativa mostrava grande sintonia com o momento do país, que inaugurava sua frota de carros a etanol, viabilizada pelo Proálcool. A ideia era também atender os usineiros, que teriam mais facilidade e menos custos para abastecer seus tratores. Por essa iniciativa a Massey Ferguson recebeu o troféu Destaque na primeira edição do Prêmio Gerdau Melhores da Terra, em 1983.
O PRIMEIRO TRATOR MOVIDO A ÁLCOOL
I e II (1986), Plano Bresser (1987) e Plano Verão (1989) –, todos criados para tentar conter a hiperinflação e o déficit público.
Dentro desse quadro, foi preciso aprender a quebrar paradigmas e a construir novos valores para conseguir sobreviver, o que incluiu a racionalização generalizada de gastos e o início da onda de reestruturações que tomou conta do país. A Massey Ferguson, por exemplo, enfrentou a turbulência concentrando a produção em um único parque fabril, o que levou a unidade de São Paulo a ser fechada e transferida para Canoas, no Rio Grande do Sul, onde, a partir de 1982, os tratores passaram a ser produzidos ao lado das colheitadeiras da marca. Em 1983, a Massey Ferguson uniu-se ao Grupo Iochpe para se fortalecer e continuar a atender de perto, e com a qualidade de sempre, as demandas dos produtores rurais brasileiros.
Apesar de o Brasil e o mundo estarem atravessando uma prolongada crise, por outro lado, já no final da década a produção agrícola brasileira se mostrou revigorada, registrando safras recordes em 1987, 1988 e 1989.
Foi nessa época que os grandes grupos econômicos consolidaram sua presença na agricultura; a expansão das fronteiras agrícolas, iniciada anos antes, também teve continuidade, chegando desta vez às terras do norte do Mato Grosso, de Goiás, de parte da Bahia, do Piauí e do Maranhão.
Entre 1980 e 1989, as safras se expandiram
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SINTONIA COM O PAÍS
Para contornar o corte de crédito agrícola promovido pelo governo na década, em abril de 1980, a Massey Ferguson lançou seu próprio consórcio. Pioneiro no país, ele revolucionou a compra de máquinas agrícolas: de forma parcelada e sem pagar juros. Os agricultores passaram, assim, a contar com prazos mais longos de pagamento e garantia contra as oscilações do mercado. Ganharam também a fábrica, tendo garantido o planejamento da produção e assegurada sua fatia de mercado, assim como a rede de concessionárias, que passou a trabalhar com vendas futuras. Com essa iniciativa, liderada por um grupo de concessionárias, a marca Massey Ferguson mostrou mais uma vez sua capacidade de inovar e de se manter em perfeita sintonia com a economia brasileira.
3,6%, com maior crescimento registrado entre as lavouras de exportação, que produziram 4,5% a mais ao ano. A produção de soja passou de cerca de 13 milhões de toneladas no início da década para quase 17 milhões de toneladas em 1985. A produção canavieira, ainda sob a égide do Proálcool, também teve bom desempenho, sobretudo nos primeiros anos: em 1985, a produção nacional chegou a 229,9 milhões de toneladas, um salto de quase 200% em relação aos 80 milhões de toneladas de dez anos antes. Chegar a esses resultados só foi possível porque todo o campo brasileiro mudou, a exemplo do que fez a Massey Ferguson quando decidiu se reestruturar.
A grande transformação da época foi a descoberta do fator produtividade: pela primeira vez na história, a agricultura brasileira procurava crescer com base no rendimento das lavouras já existentes, em vez de crescer pelo aumento de hectares produtivos. Foi assim que a década de 1980 quebrou um dos principais paradigmas agrícolas. Entretanto, o incremento da produtividade foi possível apenas por causa da crescente capacitação do setor e graças aos avanços tecnológicos: os produtos ligados à mecanização agrícola, o conhecimento oriundo das pesquisas agronômicas e as diferentes conquistas com sementes modificadas.
Nessa década, a Massey Ferguson lançou a linha turbo de tratores e colheitadeiras. A linha de tratores MF 200 teve seu desempenho aumentado de forma significativa, com
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modificações introduzidas no motor, na caixa de câmbio e nos pneus. Se antes a marca se concentrava em oferecer robustez e potência, agora incorporava soluções que permitiam aos produtores rurais melhorar o desempenho do próprio negócio, dirigindo a atenção também ao operador em ação, com a oferta de mais ergonomia e de cabines em tratores e colheitadeiras.
Nos anos 1980, a agricultura brasileira quebrou outro paradigma ao introduzir práticas agrícolas inovadoras. A iniciativa se fez necessária para corrigir os danos causados ao solo por causa do uso intensivo de implementos para lavrar e gradear seguidamente a terra, como pregava a revolução verde das décadas anteriores. Tomada pela erosão, a terra das lavouras que prometiam enriquecer o Brasil começou então a correr pelos sulcos abertos, carregando com ela parte de seus minerais e também uma grande quantidade de fertilizantes e defensivos químicos, que terminavam diretamente nos mananciais.
Em um primeiro momento, sempre na tentativa de corrigir o que acontecia, os produtores rurais recorreram ao uso intensivo de subsoladores e escarificadores – que, ao final, também aumentavam o tráfego sobre a lavoura, intensificando a compactação do solo. Logo depois, porém, chegou ao campo brasileiro aquela que seria a maior conquista agrícola dos anos 1980: a prática do plantio direto. Desenvolvido no Paraná e no Rio Grande do Sul no início dos anos 1970, o
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plantio direto provou que era muito melhor plantar a próxima safra diretamente sobre a palha do cultivo anterior. Ao se decompor, a palha não removida transformava-se em matéria orgânica e alimentava o solo, contribuindo ainda para conservar sua fertilidade e umidade.
Tratava-se de uma verdadeira revolução agrícola, mas, como toda revolução, foi recebida com cautela. Houve quem não acreditasse ou não tivesse paciência para esperar por três ou quatro safras, para que uma grande quantidade de palha decomposta enriquecesse ainda mais o solo. Mas houve também quem apostasse seriamente na nova prática. A Massey Ferguson apostou, e, para descobrir como contribuir, aproximou-se das entidades de pesquisa agronômicas, como a Embrapa e as fundações agrícolas mantidas por produtores, não sem antes ouvir os agricultores e suas reais necessidades. Logo a marca descobriu que uma das principais demandas dos produtores para a implementação do plantio direto era poder contar com tratores e colheitadeiras que ajudassem a conservar a palha, assim como com implementos que permitissem plantar sobre ela. Daí os novos projetos de tratores, de colheitadeiras e, sobretudo, de plantadeiras e de semeadoras, estas últimas viabilizadas apenas anos depois.
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EXPORTAÇÕES DE PESO
Ainda nos anos 1980, rompendo com a tradição de se focar unicamente no mercado interno, a Massey Ferguson brasileira fez as primeiras exportações de peso: vendeu 600 tratores MF 296/4 e 50 colheitadeiras para o Oriente Médio. Os tratores eram montados em Hashua, na periferia da capital iraquiana, na área metropolitana conhecida como Grande Bagdá. Lá estiveram vários profissionais da Massey Ferguson do Brasil, encarregados de dar suporte técnico aos novos clientes da marca.
O novo cenário da agricultura brasileira da época acabou se completando com a adoção dos princípios de gestão de negócios. A contribuição veio dos grandes grupos econômicos que se iniciavam nas atividades agrícolas, muitos deles com negócios em várias áreas da economia brasileira e com larga experiência administrativa. Uma vez que a produtividade estava na ordem do dia, ela não se limitou aos resultados das lavouras. Em pouco tempo, a busca pela produtividade se espalhou entre os agentes dos complexos agroindustriais, que também descobriram a atuação em rede. Logo os produtores rurais, as empresas e os comerciantes do setor agropecuário entenderam que eram interdependentes, que um trabalhava à luz do outro, que tinham necessidades comuns e por isso havia a possibilidade de desenvolver estratégias afins: a esse modo de agir, de pensar, de se programar e de negociar foi dado o nome de agronegócio.
Com esse conjunto de novidades – inovações tecnológicas, ênfase na produtividade, adoção de novas práticas e valores, uso do plantio direto, aplicação de técnicas de gestão de negócios e atuação em rede –, o campo brasileiro acabou por se profissionalizar. E essa foi, em resumo, a maior conquista da década.
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Considerando o contexto dos anos 1980, é claro que muito ainda deveria ser conquistado, principalmente com a globalização da economia mundial e a revolução da tecnologia da informação, que estavam por vir. A semente do futuro, porém, havia sido muito bem plantada. O passo seguinte seria cultivá-la, para o país colher em breve todas as promessas de riquezas de suas terras.
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A transferência da linha de produção dos tratores Massey Ferguson de São Paulo para o Rio Grande do Sul obedeceu a uma determinação da matriz canadense. No início dos anos 1980, a empresa sofria, em nível mundial, com os efeitos da recessão, e por isso precisava fechar uma de suas duas unidades no Brasil. A opção pelo Rio Grande do Sul teve a ver com a tradição agrícola do estado e com a existência, em Canoas, da fábrica de colheitadeiras Massey Ferguson, que tinha espaço suficiente para crescer. Mas isso não foi tudo. Houve um grande empenho e muita agilidade de profissionais como Norberto Farina, Normélio Ravanello, Marco Aurélio Salvany, Cássio Barcellos e Emilio Scudero em convencer o então presidente mundial da marca, Olivier Chapel, da viabilidade da operação.
Fizeram parte da argumentação dados sobre custos e logística, mas também uma programação de transferência que causasse o menor impacto em funcionários, clientes, fornecedores e mercado. Era impensável causar qualquer tipo de prejuízo tanto na produção de tratores quanto na de colheitadeiras. Daí o planejamento de uma operação sigilosa, cuidadosa e meticulosa, com um cronograma de curto prazo. Aceita a transferência pela matriz canadense, o plano foi colocado em prática entre novembro de 1981 e janeiro de 1982, o que incluiu a construção em Canoas de uma área adicional de 8.000 metros quadrados e de uma linha de montagem manual provisória. Muitos funcionários de São Paulo foram convidados a se mudar para a nova unidade.
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O primeiro trator Massey Ferguson a sair da linha de montagem de Canoas foi um modelo da linha MF 200, em 28 de maio de 1982. A data coincidiu com a visita à nova unidade fabril do então governador do estado, Amaral de Souza, que teve participação decisiva na transferência da fábrica do Sudeste para o Sul.
Meses depois, com a fábrica já instalada e produzindo, a empresa decidiu buscar aportes de capital para contornar os prejuízos generalizados da década e continuar crescendo. E foi assim que começou uma mobilização que contou com a participação do prefeito de Canoas, do governador gaúcho, da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul e de deputados estaduais, que debateram em sessões especiais da Assembleia Legislativa o tema “a nacionalização da Massey Ferguson”. O objetivo era encontrar, em meio à crise do país, uma empresa disposta a investir na parceria estratégica.
Ao final, o Grupo Iochpe, do Rio Grande do Sul, adquiriu 33% de participação na Massey Ferguson brasileira, e assim a marca se tornou mais competitiva para a acirrada concorrência internacional dos anos seguintes, quando a economia mundial se globalizou.
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Na região conhecida como Mapito, que compreende áreas dos estados do Maranhão, do Piauí e do Tocantins, a InSolo Agroindustrial desenvolve um grandioso projeto agrícola, cujo objetivo é o plantio de mais de 100.000 hectares de soja e milho e 24.000 hectares de algodão. Fundada em 2008 e contando com colaboradores que estão no agronegócio há mais de 20 anos, a InSolo já é a maior produtora de grãos do Piauí: em 2011 a produção chegou a quase 160.000 toneladas, informa Salomão Ioschpe, presidente e CEO da empresa.
Entre 2009 e 2010, duas fazendas administradas pela InSolo ganharam uma ajuda de peso com a aquisição de nada menos que 39 colheitadeiras axiais MF 9790. Um investimento dessa magnitude, naturalmente, só é feito depois de estudos minuciosos. O senhor Salomão explica que a presteza da assistência técnica da Massey Ferguson foi um fator preponderante para a decisão da InSolo, além das qualidades inerentes da máquina. “Procurávamos uma colheitadeira que reunisse três coeficientes: bom
rendimento líquido por hectare e por saca, baixo coeficiente de perdas e consumo de combustível aceitável por saca e por hectare. Além disso, era importante que a máquina tivesse manutenção relativamente simples e controles descomplicados para o operador.”
Depois de passar no teste, as 39 colheitadeiras MF 9790 vêm trabalhando a todo o vapor na Fazenda Ipê, localizada no município de Baixa Grande do Ribeiro, e na Fazenda Vista Verde, situada em Palmeira do Piauí. “A Massey Ferguson tem uma bela história de liderança no setor de máquinas agrícolas no país, e dá um suporte essencial para que empresas como a InSolo desenvolvam um novo Brasil, um Brasil altamente produtivo e moderno.”
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A partir dos anos 1990, de volta ao regime democrático, o Brasil aos poucos venceu o que ainda restava da crise recessiva da década anterior, estabilizou-se econômica e politicamente e não demorou muito para se inserir no processo de globalização.
Considerado até então um dos mercados mais fechados do mundo, o país começou a mudar quando se abriu aos produtos importados, ao capital financeiro internacional e aos investimentos estrangeiros. As novas medidas, em vigor já no início da década, de imediato colocaram nas prateleiras do comércio local muitos bens de consumo importados, que logo conquistaram a preferência dos consumidores pela alta qualidade e preços reduzidos, situação que espelhava os padrões internacionais. Lá
fora, em especial nos países desenvolvidos, a combinação de novas tecnologias e eficientes métodos de gestão há muito vinha capacitando as organizações e os profissionais para uma concorrência bastante acirrada.
Dessa forma, as empresas e os profissionais do Brasil viram-se repentinamente expostos a um choque de competitividade sem precedentes. Para sobreviver foi necessária uma reação rápida, que exerceu grande impacto nas estruturas produtivas e no nível de profissionalismo de todos os setores.
Por tradição e origem, a Massey Ferguson sempre oferecera padrões de qualidade de classe internacional, primando pela tecnologia e pelo comprometimento com os produtores
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rurais e os rumos do agronegócio, estratégia que explica a liderança e a preferência que sempre teve em terras brasileiras. Entretanto, para garantir o sucesso na era da globalização e se manter competitiva em meio à crescente concorrência, a marca procurou também modernizar-se e capacitar-se ainda mais.
Licenciada desde 1983 para o Grupo Iochpe, a Massey Ferguson vinha adotando, havia alguns anos, as práticas de gestão japonesas então em voga, mas, diante do novo cenário de abertura da economia brasileira, logo percebeu que precisava dar um passo além para divulgar o nível internacional de seus produtos. Esse processo culminou, em 1994, com a obtenção do certificado internacional de qualidade ISO 9001, o primeiro no país conquistado por um fabricante de máquinas agrícolas. Três anos depois, o mesmo certificado acabou renovado pelas auditorias da certificação, sem que nenhum problema fosse apontado em seus sistemas de qualidade.
O Brasil começava, com esse e outros exemplos, a revelar ao mundo que não apenas os produtos importados estavam aptos a entrar no mercado brasileiro, mas que também os produtos daqui já tinham ou buscavam níveis de competitividade para fazer o caminho inverso.
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Inserir-se gradativamente e com sucesso no cenário do livre-comércio e do livre trânsito de investimentos financeiros que caracterizam a globalização foi possível ao Brasil também por causa do Plano Real, lançado em 1994. Uma das primeiras conquistas do plano foi controlar a inflação, que no ano anterior chegara a 2.490%. A nova política econômica ainda utilizava a redução tarifária e a sobrevalorização cambial como forma de estimular a competitividade entre as empresas nacionais e estrangeiras.
O percurso para chegar aos padrões internacionais foi longo, e só no final da década as forças produtivas do Brasil conseguiram enfim se adequar. O país foi tomado por aquisições, fusões, reestruturações, reengenharias, programas de qualidade e de competitividade. No final dos anos 1990, esse esforço afinal resultou em um grande salto nos investimentos estrangeiros diretos feitos, um sinal da confiança do mundo no Brasil democrático, estabilizado e promissor: o capital investido no país passou de 1 bilhão de dólares para cerca de 30 bilhões de dólares do início ao fim da década.
Foi nesse contexto que se desenrolou a história da Massey Ferguson nos anos 1990. Em 1993, a divisão de colheitadeiras foi transferida de Canoas para um novo parque industrial em Santa Rosa, no interior do Rio Grande do
Sul. Em poucos anos essa fábrica se tornou estratégica para a empresa, passando a produzir modelos extremamente avançados. O segundo acontecimento significativo para a trajetória futura da Massey Ferguson foi a reestruturação de seu controle acionário, efetivada em 1996: a marca foi adquirida pelo grupo norte-americano AGCO.
Proprietária da Massey Ferguson em outros países, a AGCO adquiriu a marca também no Brasil, com o intuito de consolidar um projeto globalizado, cuja meta era se tornar um dos maiores players mundiais na produção e comercialização de máquinas agrícolas. Já na época, a AGCO era proprietária de muitas outras marcas ligadas à mecanização agrícola, com uma estratégia de crescimento via aquisições pelo mundo.
Ao tornar-se parte da AGCO, a Massey Ferguson instalada em terras brasileiras passou a dispor de um significativo aporte de novos investimentos, novas tecnologias, mais eficiência produtiva e administrativa, incluindo as ferramentas eletrônicas para gerenciamento de pós-venda, que logo foram apresentadas à rede de concessionárias para melhor atendimento dos produtores. Desde o início essa união mostrou-se promissora: a Massey Ferguson entrou com a solidez da marca, a efetiva presença de sua rede pelo país e o domínio da
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realidade do campo brasileiro; a AGCO contribuiu com toda a experiência de suas marcas, com investimentos de peso, com logística internacional e a possibilidade de intercâmbio de informações estratégicas.
Até esse momento, a história da Massey Ferguson no Brasil fora feita de pioneirismos, recordes de produção, tecnologia e presença absoluta no campo brasileiro, onde a marca plantara confiança e tradição.
E nada disso mudou. Nos anos 1990, a marca continuou trazendo novidades, como os tratores da série 5000 – MF 5300 (95 cv), MF 5310 (105 cv) e MF 5320 (120 cv) –, que tinham cabine ergonômica e mais confortável, motor mais potente e sistemas hidráulico e eletrônicos adaptados à técnica do plantio direto, prática que nessa década ganhou impulso significativo nas lavouras brasileiras. São também dignos de menção: os tratores com maior variedade na transmissão, com caixas de câmbio de 8 x 2 mecânica até 18 x 6 semiautomática; a linha 600, que dispunha do Sistema Hydrotonic, uma evolução do antigo Sistema Ferguson; e as colheitadeiras MF 34 e MF 38.
Lançadas diretamente da fábrica de Santa Rosa, em 1999, as inovadoras colheitadeiras MF 34 e MF 38, já naquela época foram consideradas um marco em relação à tecnologia disponível, porque equipadas com os então revolucionários computadores de monitoramento de bordo Datavision, que resultou
no primeiro passo de uma conquista que em breve
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passaria a ditar a história da agricultura – que viria a ser conhecida por “agricultura de precisão”.
O termo “precisão” associado ao início do uso do GPS para localização nas máquinas, abrira um novo capítulo na história da mercantilização porque indiretamente significa menos desperdício e mais produtividade. Na prática, tratores, colheitadeiras e implementos agrícolas passaram a ajudar o produtor a identificar problemas e a reagir pontualmente na sua lavoura, levando a uma gestão mais profissional do negócio. Na verdade, já era antigo na agricultura o conhecimento de que uma área de cultivo não se desenvolve por igual, mas até então as intervenções eram realizadas de forma empírica e jamais em grande escala.
A agricultura de precisão só se tornou possível por causa da aplicação das novas tecnologias eletrônicas, de informática e de posicionamento (GPS). Nesse ponto, foi significativo o aporte tecnológico que a AGCO trouxe para a Massey Ferguson, principalmente porque, nos anos 1990, devido ao tempo que permanecera como um mercado fechado, o Brasil ainda não tinha acesso em escala comercial às chamadas tecnologias da informação, ao contrário do que já acontecia nos países mais desenvolvidos da Europa e nos Estados Unidos. Graças à AGCO, a Massey Ferguson pôde acelerar esse processo e acrescentar a seus tratores e colheitadeiras, ainda nessa década, o Sistema Fieldstar, que gravava os dados levantados pelo Datavision, permitindo aos produtores gerenciar os mapas e as preciosas informações ali registradas. O resultado final foi uma ferramenta focada no aumento da eficiência da lavoura.
Essa foi uma conquista perfeitamente adequada às exigências dos novos tempos de abertura econômica e de competitividade acirrada, em que o agronegócio brasileiro passou a ganhar cada vez mais importância no mundo. Com as demandas da agricultura de precisão, que iam muito além das soluções antes centradas na barra de tração e no sistema hidráulico de três pontos, logo outro conceito entrou na ordem do dia e inaugurou uma nova era nos campos do país: a tecnologia embarcada. Juntas, a Massey Ferguson e a AGCO trabalhavam para, na década seguinte, colocar o agronegócio brasileiro na vanguarda do século XXI.
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Na década de 1990, foi nas terras do agricultor gaúcho Lúcio Basso, em Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul, que os técnicos da Embrapa começaram a pesquisar a agricultura de precisão. Em sua fazenda de 3.330 hectares, dos quais 2.500 eram ocupados com soja e milho, 400 com pecuária e 30 com tanques de piscicultura, duas colheitadeiras MF 34 e uma MF 38 equipadas com o Sistema Fieldstar realizavam a colheita. Os trabalhos comprovaram que a área não era uniforme e que por isso não poderia ser manejada de modo homogêneo, o que gerou uma verdadeira revolução na maneira de plantar e obter mais produtividade daquelas serras.
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O Brasil entrou no século XXI semeando seu lugar no seleto grupo de grandes produtores mundiais de alimentos. E foram os resultados das principais safras da década de 2000 – de grãos e de cana-de-açúcar, as duas culturas de maior expressão na pauta brasileira de exportações –, que ajudaram a traduzir em números a maturidade alcançada pela agricultura do país.
Já em 2001, a produção de grãos do país chegou a 100 milhões de toneladas, crescendo 50% até o final da década. No caso da cana-de-açúcar, o incremento da produção foi ainda maior: em dez anos saltou de 255 milhões de toneladas para cerca de 600 milhões de toneladas. Quanto à produtividade das duas culturas no mesmo período, os números também foram bastante estimulantes: no caso dos grãos, cresceu quase 20%, e no da cana de açúcar, 54%,
segundo a Conab, a Companhia Brasileira de Abastecimento.
Sempre à frente no processo de desenvolvimento da moderna agricultura brasileira, a Massey Ferguson também esteve intimamente ligada a esse desempenho inédito, que em 2010 culminou na arrecadação recorde de 76 bilhões de dólares em exportações e um superávit de cerca de 63 bilhões de dólares.
Para continuar atuante na agricultura brasileira dos anos 2000, a Massey Ferguson precisou se mover em um cenário completamente diferente do tempo em que ajudou o Brasil a formar sua frota de tratores, a expandir suas fronteiras agrícolas e a investir na produtividade como fator de crescimento da produção. Com o país inserido na economia globalizada, em boa parte devido à contribuição da própria Massey
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Ferguson, a profissionalização do campo avançou a passos largos, com os produtores rurais cada vez mais conscientes da importância da gestão de seus próprios negócios. Nessa época houve ainda avanços tecnológicos sem precedentes e a popularização da internet e da telefonia móvel.
A partir dos anos 2000, portanto, para manter seu protagonismo no campo brasileiro, a Massey Ferguson passou a atender as necessidades de produtores mais profissionalizados e informatizados, inseridos em uma economia extremamente competitiva, que tinham de lidar, por exemplo, com janelas de plantio e colheitas cada vez menores – daí o interesse em obter da mecanização o máximo de benefícios. Na prática, pode-se dizer que buscavam entender melhor as características intrínsecas de solo, clima e demais fatores, com o objetivo de melhorar a eficiência do manejo e aumentar a produtividade de suas lavouras, respeitando o
meio ambiente. Nesse contexto, o produtor já contava com um moderno aliado do sistema de plantio direto na palha, a agricultura de precisão. Com a semeadura realizada com mais qualidade, as sementes permaneceriam equidistantes sob a palha, em especial nas culturas de verão, garantindo o leito com as melhores condições para o desenvolvimento da cultura. Tudo isso acompanhado de mais segurança, precisão, economia e rentabilidade.
A Massey Ferguson apresentou as soluções para essas e outras demandas da agricultura do novo século com eficiência e rapidez, oferecendo produtos que atendiam as necessidades de melhor monitoramento e precisão das práticas agrícolas. Nesse sentido, os anos 2000 estimularam a Massey Ferguson, agora com o suporte internacional da AGCO, a embarcar a mais moderna tecnologia – inclusive a tecnologia da informação –, em seus tratores, colheitadeiras e implementos.
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E foi assim que a marca desenvolveu recursos que, com um simples toque de botão, podiam executar automaticamente funções que tratavam a variabilidade das áreas de cultivo, monitoramento da produtividade e parâmetros operacionais das máquinas.
E para que todos esses dados estivessem acessíveis no escritório da fazenda, o Sistema Fieldstar armazenava os dados em cartões de memória que, posteriormente, seriam processados e transformados em mapas temáticos, muito importantes nas avaliações do manejo e em futuras tomadas de decisão. Utilizando o posicionamento do sistema GPS, baseado em sinal de satélites, o Sistema Fieldstar conseguia mudar a forma como a lavoura era vista. Levando em consideração a variabilidade existente, ponto a ponto na lavoura, ele permitia identificar zonas onde a produtividade era alta, média e baixa. Essa informação permitia tratar as áreas de cultivo respeitando suas particularidades, o que resultava no melhor aproveitamento dos recursos empregados.
No final dos anos 2000, um outro recurso veio se somar aos já conhecidos conceitos da agricultura de precisão. O direcionamento automático das máquinas agrícolas desenvolveu a percepção de que era possível aumentar ainda mais o rendimento operacional de tratores, colheitadeiras e pulverizadores nas mais variadas operações, aliando qualidade inigualável ao trabalho realizado. Graças a essa revolução tecnológica, um leque de possibilidades se abriu para a Massey Ferguson na hora de configurar seus produtos.
A diversidade do campo brasileiro era grande e abrangia os produtos cultivados, os solos e os tipos de manejo, os produtores e os empreendimentos de agronegócio. A fim de atender a todos, a solução encontrada pela Massey Ferguson foi fabricar e vender produtos desenvolvidos para as mais diversas culturas existentes em território brasileiro, equipados exatamente com os recursos tecnológicos encomendados pelos produtores – e segundo suas necessidades reais – o que, no fim, permitiu à empresa reduzir estoques e ganhar agilidade logística. Outra grande conquista que se produziu a partir daí foi a formalização do papel que a marca já desempenhava desde que abrira sua fábrica no Brasil: mais do que comercializar produtos agrícolas, a Massey Ferguson vendia eficiência aos produtores rurais.
Com o objetivo de ajudar os agricultores do país a serem mais eficientes na gestão de suas próprias lavouras e negócios, a marca intensificou ainda mais sua presença no campo, agora com a intenção de oferecer uma verdadeira consultoria, orientando-os quanto à adequação das várias opções tecnológicas
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para suas necessidades. Para que nenhum trator ou máquina agrícola Massey Ferguson fossem subutilizados ou se mostrassem impróprios a determinados cultivos, o caminho natural foi intensificar no país a atuação da rede de concessionárias, a qual desde 1980 estava reunida sob o nome Unimassey – Associação Nacional dos Distribuidores Massey Ferguson.
Presente então em mais de 200 localidades, de norte a sul e de leste a oeste do Brasil, nos anos 2000 a própria rede passou a contar com os benefícios da tecnologia da informação para prestar consultoria aos produtores, inclusive com as avançadas ferramentas de pós-venda proporcionadas pelo suporte mundial da AGCO, como a que a conectava com o banco de dados da rede mundial Massey Ferguson. A ferramenta registra e arquiva os dados de eventuais problemas nos produtos da marca em todo o mundo e suas respectivas soluções, e graças a ela o pronto-atendimento aos usuários da Massey Ferguson do Brasil ficou ainda mais preciso e ágil.
Também o financiamento dos produtos da marca foi facilitado, depois que a Agricredit, a instituição financeira que havia sido fundada em 1998 por iniciativa da AGCO Corporation e do Banco De Lage Landen (DLL), subsidiário do
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Rabobank, transformou-se, em 2005, na AGCO Finance.
Esse movimento obedeceu à estratégia de internacionalização da AGCO para fortalecer e incrementar suas atividades financeiras de atacado e varejo e oferecer mais vantagens aos clientes de suas marcas. No Brasil, entre os resultados das ações da AGCO Finance esteve a criação de diferentes alternativas de financiamento aos produtores, providenciadas a partir da rede concessionária, para produtos finais, mas também para peças e serviços, além do próprio inventário da rede de concessionárias. Diversas linhas de financiamento foram disponibilizadas junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES através das linhas Finame Moderfrota (destinada à aquisição de máquinas e equipamentos). A instituição também passou a oferecer financiamentos com recursos próprios, por meio de linhas personalizadas adaptadas às necessidades do pequeno, médio e grande produtor rural. Desde então, na hora de obter um financiamento, os clientes Massey Ferguson puderam comprar tratores, colheitadeiras, plataformas e implementos agrícolas contando com maior rapidez e flexibilidade na aprovação de seu crédito e sem precisar sair da concessionária de sua preferência.
Oferecer segurança e agilidade ao produtor brasileiro nunca foi tão importante quanto na era da competitividade global. Assim, ainda com a
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preocupação de orientar os produtores a conhecer e otimizar a tecnologia disponível para mecanização, agronomia e gestão, a Massey Ferguson entrou nos 2000 envolvida naquele que se tornou, em nível comercial, o mais importante laboratório e a mais efetiva escola para o moderno gerenciamento do campo: o Projeto Aquarius.
Realizado em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria, cooperativas de produtores e outras empresas, o Projeto Aquarius foi pioneiro no país ao aplicar, medir e orientar os produtores rurais quanto à prática da agricultura de precisão. Nos primeiros dez anos, o projeto se concentrou em demonstrar a viabilidade e a rentabilidade da agricultura de precisão utilizando ferramentas como o mapeamento de produtividade, aplicação em taxa variável e piloto automático. Os produtores convidados a participar do projeto puderam também conhecer na prática as vantagens dos mapas de produtividade das lavouras, que eram gerados durante a colheita para gerenciamento da produção e da produtividade, inclusive a distância.
Mas as necessidades do campo e do agronegócio brasileiro nos anos 2000 iam além. Atenta às demandas, a AGCO viabilizou para a Massey Ferguson investimentos
destinados à ampliação do centro tecnológico da fábrica de tratores de Canoas, que cresceu em 1.800 metros quadrados e quadruplicou sua capacidade. Efetivou-se também um investimento na ampliação da fábrica de colheitadeiras instalada em Santa Rosa, que triplicou sua produção diária.
O resultado dessas iniciativas logo se refletiu nos produtos Massey Ferguson lançados na década. Entre eles estavam tratores mais compactos, especiais para a fruticultura, e colheitadeiras maiores, todos com a possibilidade de ter motores com dispositivos de superalimentação para maior rendimento, alguns capazes ainda de operar com diferentes combustíveis e de serem menos poluentes. A marca também investiu em novas transmissões, algumas automáticas, com mais marchas para atender às diferentes ações do trabalho no campo. Foram oferecidas ainda cabines, entre elas a que equipou a série de tratores MF 200.
São também deste período a série de tratores MF 4200, composta por oito modelos com potência entre 65 cv e 130 cv e design arrojado, que oferece economia, conforto e simplicidade operacional aos tratores da série MF 7100, com potência de 140 cv e 180 cv, e a mais moderna série de tratores do Brasil, a MF 7000 Dyna-6 de alta potência (de 150 a 215 cv) e transmissão
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inteligente. Nos anos 2000 aconteceram ainda os lançamentos da colheitadeira MF 9790 e da colheitadeira axial MF 9690 ATR. A MF 9690 ATR tem acionamento hidrostático do rotor, o que permite ajustar sua velocidade independentemente das oscilações de carga do motor, mantendo uniforme a trilha e a separação dos grãos. O objetivo final era sempre o mesmo: aumentar a produtividade do plantio, do cultivo e da colheita na era da globalização.
Comprovando a condição de marca reconhecida por oferecer eficiência antes de tudo, a Massey Ferguson deu outro importante salto em sua história quando, em 2007, investiu na produção de implementos próprios e, em 2011, na fabricação de pulverizadores, passando a oferecer um portfólio completo de soluções nas quatro principais linhas da mecanização agrícola: tratores, colheitadeiras, implementos e pulverizadores.
O investimento em implementos veio com a compra, por parte da AGCO, de uma fábrica localizada no município gaúcho de Ibirubá. Ali começaram a ser desenvolvidas as novas plataformas de milho da série 3000, com três modelos, características e especificações diferentes, disponíveis de quatro a dezoito linhas com espaçamentos variáveis de 45 a 90 centímetros.
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Já os pulverizadores Massey Ferguson vieram dos investimentos que ampliaram o centro tecnológico e a linha de produção de Canoas. Trata-se da linha MF 9030, de grande porte, autopropelida, com motor de 200 cv, transmissão hidrostática, capacidade para 3.000 litros e barras de 24 a 28 metros, que saiu equipada com tecnologia para a agricultura de precisão. Assim, a Massey Ferguson do Brasil chegou, assim, ao fim da primeira década do século XXI pronta para exportar para o mundo um primeiro pulverizador produzido pela marca.
O caminho natural e sistematizado que outros produtos Massey Ferguson trilharam ao longo da década também foi do Brasil para o mundo, comprovando-se assim o nível de qualidade dos produtos da marca fabricados em terras brasileiras, mas também a sua atuação global. Muitos tratores seguiram para as concessionárias Massey Ferguson em países como Chile, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, mas também para os Estados Unidos e a África do Sul. Já as colheitadeiras foram exportadas para a rede do Uruguai, Paraguai, Bolívia e Venezuela, entre outros.
A importância estratégica das exportações cresceu significativamente nos anos 2000, e por duas razões: primeiro, porque passaram a responder por dois ou três meses de
produção das fábricas de Canoas e de Santa Rosa, compensando a sazonalidade da demanda nacional; segundo, porque trouxeram informações de mercados abertos, acostumados a padrões internacionais de qualidade, as quais foram incorporadas pela Massey Ferguson nas máquinas fabricadas no Brasil. Nesse processo os produtores locais passaram a ter a mesma percepção e o mesmo nível de exigência, profissionalizando-se ainda mais.
Fato semelhante aconteceu com os agricultores familiares. Sem fácil acesso aos tratores novos e recém-lançados à época do início da mecanização agrícola do país, em parte por causa dos planos de financiamento do governo federal, que durante décadas estiveram mais voltados para as produções extensivas, nos anos 2000 finalmente ampliou-se o número de pequenos produtores inseridos na era da mecanização e da moderna agricultura. A novidade veio com a implantação no país do programa Mais Alimentos, criado pelo governo federal em parceria com a indústria de máquinas agrícolas, para incentivar a mecanização agrícola e capacitar a agricultura familiar.
A Massey Ferguson oferece tratores, colheitadeiras e implementos que foram aos poucos sendo disponibilizados aos pequenos proprietários. Entre eles estavam o trator
MF 250 XE (90 cv), os tratores MF 4265 (65 cv)
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e MF 4275 (75 cv), as colheitadeiras MF 32 Advanced e MF 5650 Advanced, as plantadeiras das séries 100, 200, 400, 500, 600, o distribuidor de duplo disco para sementes e fertilizantes MF 2013, a plataforma para colheita de milho MF 3000 e a plaina frontal MF 1100. De 2008 a 2010, a Massey Ferguson financiou mais de 10.000 tratores para pequenos proprietários através do programa Mais Alimentos.
Marca sinônimo de tradição e evolução no campo brasileiro, a Massey Ferguson continuou empreendendo ao longo dos anos 2000. Merece destaque a capacitação dos tratores e de outras máquinas autopropelidas da marca para operar com até 5% de biodiesel (mescla B5), oferecida antes mesmo que a exigência da Agência Nacional de Petróleo entrasse em vigor, a partir de 2008. Graças a essa medida, os produtores ficaram livres de futuras adaptações ou alterações de rendimento, ao mesmo tempo em que a Massey Ferguson se antecipou em oferecer uma plataforma energética renovável de biodiesel. Com a continuidade dos testes, desde então a marca já se preparava para anunciar a capacitação de seus produtos para a utilização de biodiesel puro (B100), caso, por exemplo, dos tratores MF 7000 Dyna-6, lançados no final da década. Nos anos 2000 foram realizados ainda os primeiros testes do trator MF 275, de 75 cv, movido a etanol e diesel – a chamada tecnologia flex.
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Nessas seis décadas de história, a liderança dos tratores Massey Ferguson no país nunca foi interrompida. As vendas de colheitadeiras também não pararam de crescer e há agora o pulverizador da marca, com a promessa de, nos próximos anos, conquistar fatia significativa do mercado nacional e internacional. Isso significa que a Massey Ferguson do Brasil chegou aos seus 60 anos como uma marca globalizada, com um portifólio completo de soluções de padrão internacional exportáveis para o mundo, mas que estão principalmente disponíveis para o mercado interno, permitindo aos produtores rurais do país fazer do Brasil um dos celeiros do mundo. Nesse contexto de crescimento, o Brasil, por sua vez, anuncia que o agronegócio, fruto principal desse desenvolvimento e do atuante papel da Massey Ferguson em terras brasileiras, já responde por cerca de 25% do PIB e gera um terço dos empregos da nação. Em 2010 o país colheu 150 milhões de toneladas de grãos, plantados em 47 milhões de hectares, com índices de produtividade em constante crescimento. Sem falar dos resultados da fruticultura, que, embora ainda precise aumentar a participação nas exportações, viu sua produção aumentar cerca de 20% entre 2001 e 2009, segundo dados do IBGE, colocando o Brasil na posição de terceiro maior produtor mundial. O país produz mais de 40 milhões de toneladas de frutas por ano, em 2 milhões de hectares, empregando diretamente 5,6 milhões de pessoas, ou seja, 27% da mão de obra agrícola do país.
Esses são apenas alguns dos números que atestam a nova realidade agrícola e econômica do Brasil, uma conquista de seis décadas que coincide, não por acaso, com os 60 anos da presença Massey Ferguson em terras brasileiras e a criação do agronegócio no país. Protagonista do processo que lançou o Brasil na era da agricultura mecanizada e moderna, a marca se orgulha de ter podido contar com o reconhecimento científico das universidades e das instituições de pesquisa mais importantes do país, que atestaram seus avanços e os benefícios proporcionados ao campo e a produtividade agrícola do país.
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É por essa razão que ganha significado especial a atitude da Embrapa, passadas mais de três décadas da aquisição do trator MF 50 X por sua Unidade de Arroz e Feijão, em Goiás, um dos primeiros tratores da entidade, de repetir a escolha da marca em plena era da agricultura modernizada. Dessa vez, a escolha da Embrapa, o centro de pesquisas agropecuárias que já se tornou referência mundial, veio da Unidade de Instrumentação, com sede em São Carlos, no interior de São Paulo, onde um trator MF 7350 Dyna-6, de 150 cv, o mais moderno já produzido no Brasil, vem sendo estudado e apresentado a técnicos, produtores e estudantes como modelo de soluções de tecnologia avançadas para o campo.
Seria a conclusão de um ciclo, se não estivessem a Embrapa, a Massey Ferguson, os cientistas, os produtores e os futuros profissionais do agronegócio de olho no futuro, a preparar o terreno para mais 60 anos de compromisso com o crescimento do país. Dessa vez, porém, do Brasil para o mundo.
Da parte da Massey Ferguson, esse futuro promete ações globalizadas, com ainda mais interação entre todas as subsidiárias, assim como com outras marcas líderes em mecanização agrícola, todas reunidas, para
intercâmbios e ganhos de escala, sob as novas divisões temáticas da AGCO, como é o caso da AGCO Finance, da AGCO Advanced Technology Solutions, da AGCO Parts, da AGCO Sisu Power, da AGCO Services, da ACGO Academy e da AGCO Rental.
Os próximos 60 anos de história da Massey Ferguson, da agricultura e do agronegócio brasileiro serão tempos de novas e promissoras colheitas. De colheitas globalizadas. Afinal, nas mais distantes lavouras do Brasil, onde há seis décadas o Cinquentinha era sinônimo de tecnologia, nos locais isolados onde só era possível chegar a cavalo e em lombo de burro, não é raroencontrar hoje extensas terras cultivadas, nas quais galpões com computadores sem fio estão conectados aos mais avançados tratores, colheitadeiras e implementos Massey Ferguson. Pois é assim que grande parte dos produtores brasileiros monitora todas as ações do trabalho no campo e planejam o futuro, em especial as novas gerações, cada vez mais orgulhosas de usar as novas tecnologias para trabalhar a terra com a qual fazem o Brasil ter um papel cada vez mais destacado no cenário mundial.
Do tempo em que o país definiu sua vocação agroexportadora para crescer, lançando-se
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na ampliação de suas fronteiras agrícolas, investindo na profissionalização das atividades do campo e na formação dos produtores, até chegar à realidade da agricultura de precisão que a cada dia avança no país, prometendo ganhos de escala significativos e a consolidação do Brasil como um dos celeiros do mundo, nada foi conquistado sem persistência e vontade de fazer sempre o melhor. A atuação da Massey Ferguson é prova desse comprometimento, presente que esteve em todas as etapas da modenização do campo brasileiro, ouvindo os produtores rurais para se antecipar às suas necessidades e oferecer as melhores soluções em mecanização, eficiência e desenvolvimento agrícola. O resultado não poderia ter sido outro que não a construção de um sólido conhecimento agrícola, cada vez mais estratégico para o futuro do Brasil.
Viver o presente de uma nação que faz a diferença na economia globalizada é uma realidade que só se tornou possível ao Brasil porque, há exatos 60 anos, o país se dispôs a semear esse futuro. A Massey Ferguson se orgulha de ter estado lá e, principalmente, de ter entrelaçado sua própria história em terras brasileiras com a história da criação do agronegócio nacional. Satisfação maior, porém, é continuar a suprir os produtores rurais de soluções completas e ainda mais competitivas, para que o país possa seguir plantando e cultivando com sucesso o seu amanhã.
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Não é de hoje o comprometimento da Massey Ferguson com o desenvolvimento do Brasil, comprometimento que explica a maneira pela qual a Massey Ferguson escolheu comemorar, em 2003, a fabricação de seu trator número 500.000: em caravana, com um MF 275 cruzando o país até Brasília, arrecadando alimentos para o programa Fome Zero, criado pelo governo federal para combater a extrema pobreza. Ao longo de um ano de caravana foram arrecadadas toneladas de alimentos não perecíveis, assim como o valor do trator, que ao final foi doado e arrematado em leilão pela Unimassey, a Associação Nacional dos Distribuidores Massey Ferguson.
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A essência da Massey Ferguson é a proximidade. Por isso é tão importante para ela estar presente nas quatro principais feiras agropecuárias do país, entre outras, assim como é fundamental manter as portas abertas para visitas às suas fábricas.
Ambas as atividades fazem parte do calendário anual da marca e são uma oportunidade a mais de revelar seu comprometimento com os produtores rurais e o agronegócio brasileiro. As visitas às fábricas acontecem semanalmente e incluem percursos monitorados pelas principais instalações, onde é possível acompanhar o passo a passo da produção de tratores, colheitadeiras e demais máquinas, mas também os processos que garantem a qualidade da marca e sua responsabilidade social e preocupação com o meio ambiente.
Já nas feiras – sendo as principais a Coopavel (PR), a Expodireto-Cotrijal (Não-me-toque, RS), a Agrishow (Ribeirão Preto, SP) e a Expointer (Canoas, RS) –, onde os estandes da Massey Ferguson são propositadamente abertos e acessíveis, a marca expõe seus produtos, atende aos visitantes e apresenta suas lojas de merchandising, que são bastante procuradas por quem literalmente veste a camisa da marca.
Para cada feira a marca sempre leva os últimos lançamentos e vídeos técnicos sobre eles, muitas vezes oferecendo a realização de test drive em áreas próximas aos estandes, como aconteceu na Agrishow de 2006, onde foram reservados 3 hectares para a movimentação de seis tratores, uma colheitadeira e um pulverizador.
Nos estandes das feiras, os visitantes ouvem orientações, esclarecem dúvidas e também dão sugestões, que são prontamente anotadas e levadas para o interior da fábrica. As concessionárias também marcam presença nos stands, assim como representantes do AGCO Finance – todos voltados para atender às necessidades e superar as expectativas dos clientes Massey Ferguson.
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A AGCO Corporation é uma fabricante mundial de equipamentos e peças agrícolas, focada em fornecer soluções de alta tecnologia para produtores rurais que alimentam o mundo.
Fundada em 1990, a partir da compra da empresa alemã DeutzAllis, do grupo KHD, a AGCO veio crescendo, em seus 21 anos de história, por meio de aquisições estratégicas, crescimento de mercado e soluções agrícolas de ponta. A Massey Ferguson fez parte da AGCO desde 1994, embora no Brasil a aquisição da marca tenha se completado só em 1996.
Reconhecida como uma corporação global que congrega multimarcas agrícolas, a AGCO, que tem sede em Duluth, na Geórgia, nos Estados Unidos, atende o mercado mundial também com produtos e serviços Challenger, Fendt, entre outros.
O resultado é a oferta de uma grande variedade de tratores, colheitadeiras, pulverizadores, equipamentos de preparo do solo e implementos, que são distribuídos através de mais de 2.600 concessionárias e distribuidores independentes em mais de 140 países. Suas vendas mundiais chegaram em 2010 a 7 bilhões de dólares, sendo a Europa e a África responsáveis por metade
dessa receita. A América do Sul, no ano de 2010, respondeu a 25% das vendas mundiais.
A AGCO está organizada em sete divisões, cada uma delas concentrando a expertise necessária para soluções específicas a serem distribuídas para todas as suas marcas: AGCO Finance (para ofertas de produtos e serviços financeiros para as redes de concessionárias), AGCO Advanced Technology Solutions (para o desenvolvimento de soluções e alta tecnologia embarcada, incluindo sistemas para agricultura de precisão), AGCO Parts (para a garantia da fabricação, fornecimento e estoque de peças), AGCO Sisu Power (para a garantia da qualidade de desenvolvimento e fabricação de motores), AGCO Service (para a garantia da qualidade dos serviços oferecidos pelas redes de concessionárias), AGCO Academy (para a educação corporativa) e a AGCO Rental (para a qualidade dos serviços de aluguel de máquinas e equipamentos).
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O agrônomo Márcio Luis Schreiner acaba de bater um recorde. Foi ele o primeiro cliente da Massey Ferguson no mundo a receber o novíssimo e avançado pulverizador da marca, o MF 9030 com chassi Flex Frame, motor de 200 cv, barras de 28 metros e capacidade para 3.000 litros de defensivos. “Com a capacidade deste pulverizador, o tempo de aplicação vai ser reduzido de uma semana para dois dias”, ele explica.
A ligação dos Schreiner com a Massey Ferguson começou em 1975, quando o patriarca, senhor Anísio Schreiner, comprou um trator MF 65, trocado por um MF 275 no início dos anos 1980. De lá pra cá, o vermelho-vivo da marca esteve sempre a serviço dos Schreiner. Localizada no município de Coronel Bicaco, no Rio Grande do Sul, a propriedade atual foi adquirida por Márcio e pelo pai em 2002. São 450 hectares de terras cultivadas com milho, soja, trigo e pastagem, as quais Márcio atualmente administra na companhia da esposa, Fabiana.
Márcio ainda se lembra da agricultura convencional, feita com arado, e comemora o desenvolvimento do plantio direto e a evolução tecnológica que tem permitido aos produtores grandes ganhos de produtividade. Como esse que vai conseguir com o pulverizador e como o que certamente virá com sua última aquisição, também um produto Massey Ferguson de última geração: um MF 7415 Dyna-6 com duas plantadeiras MF 508 em sistema tandem. “Para colher os melhores resultados, vou continuar investindo em tecnologia de ponta”, ele conclui.
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Na década de 2010, a Massey Ferguson já estava consolidada como líder nacional em máquinas, tecnologia, eficiência e qualidade de soluções para o campo. Neste momento, as concessionárias da marca no Brasil começam a receber as primeiras unidades de produtos Massey já consagrados no mercado, mas que foram reformulados e passaram a contar com diversas inovações, a fim de manter os produtores rurais brasileiros atualizados com o cenário do agronegócio mundial.
O valor da produção agrícola alcançou R$ 154 bilhões em 2010, um crescimento de 8,9% em relação a 2009. Isso aconteceu principalmente por conta da valorização das commodities no mercado externo. A área plantada permaneceu em 65 milhões de hectares, mas a produtividade estava em pleno crescimento, inclusive no que diz respeito à adoção de novas tecnologias,
investimentos e também devido ao clima favorável.
Para responder a esse cenário positivo da agricultura brasileira, tratores, colheitadeiras e plantadeiras da marca tiveram melhorias da cabine ao motor. Além disso, a Massey Ferguson passa a produzir na América do Sul, o pulverizador MF 9030. Robustez, tecnologia e alta performance são as principais características do equipamento que conta com vão livre de 1,50 m e tecnologia Flex Frame. Entre os destaques do maquinário, vale ressaltar o redutor com maior torque que aumenta consideravelmente a vida útil das peças, o sistema End Cap que expele o ar de dentro da tubulação evitando pressão residual e até o assento pneumático, que é responsável pelo aumento do conforto operacional.
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Em 2014, a consagrada série MF 4200 ganha um novo visual com grade frontal e faróis mais modernos e funcionais. Os faróis em linha, na parte superior frontal do capô, proporcionam profundidade e amplitude lateral, permitindo que o sistema seja ainda mais eficiente, a operação mais confortável e segura durante os períodos noturnos. Outra mudança importante é que os tratores MF 4290 e MF 4291 ganham novos motores. O primeiro teve a potência ampliada de 85 cv para 95 cv, equipado com motor Perkins 1104A-44T de quatro cilindros. Já o segundo foi dos 100 cv para 105 cv, mantendo a aspiração turbo.
Também seguiram esse caminho natural e sistematizado o maquinário de colheita da Massey Ferguson, ampliando assim o nível de qualidade dos produtos em terras brasileiras. Começando pela colheitadeira híbrida MF 6690 (classe V) que ganha uma versão arrozeira em 2015. Além do sistema híbrido, os componentes em inox na máquina ajudam a aumentar a jornada de trabalho, diminuindo o desgaste, proporcionando mais robustez, menos paradas e mais confiabilidade. Com mais esta novidade tecnológica, o produtor rural ganha agilidade e versatilidade, sem perder tempo de máquina parada para trocar de cultura, permitindo a colheita de mais sacas na janela de setup de máquina.
As colheitadeiras axiais não ficaram de fora. Projetadas com alta tecnologia, a MF 9695, a MF 9795 e a MF 9895
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passaram a contar com motor eletrônico AGCO Power com sistema SCR, capaz de reduzir o consumo de combustível, além de diminuir a emissão de poluentes no ar. Um dos destaques destas máquinas é o sistema de arrefecimento V-COOL™, que previne o excesso de calor e a necessidade constante de intervenção. O radiador do motor, do ar-condicionado e do sistema hidráulico e o intercooler trabalham em formato de V, garantindo a passagem do ar de uma única vez por todas as unidades de resfriamento.
A Massey Ferguson investe alto em tecnologia para o plantio. As novidades das plantadeiras MF 500 e MF 700 CFS chegam para dar suporte ao agricultor em todas as fases da lida. Os dois modelos passam a contar com os dosadores pneumáticos Precision Planting e o sistema de semeadura vSet, resultando em plantios perfeitos com máxima produtividade. A tecnologia é conectada ao novo monitor 20/20, que faz todo o controle agronômico da lavoura, com informações precisas em tempo real e interface intuitiva, que exibe o desempenho e as condições de campo semente por semente, planta por planta, gota a gota, otimizando as decisões de plantio, colheita e aplicação.
Já em 2017, a série MF 8700 que conquistou a Europa, América do Norte, África e Oceania, ganha uma nova versão e começa a ser
comercializada com motor eletrônico AGCO Power. Essas máquinas atuam em grandes áreas com alto desempenho e baixo custo de operação, por isso, possuem transmissão CVT, suspensão do eixo dianteiro, modo manobra e cabine ampla e moderna. Também são equipadas com piloto automático Auto-Guide 3000 e sistema de telemetria AgCommand.
Até mesmo um dos maiores lançamentos da década também precisa estar sempre atualizado, por isso, a Momentum, plantadeira dobrável da Massey Ferguson, passa a contar, em 2020, com uma versão que além dos grãos também entrega fertilizantes em cada uma das linhas de plantio. Com tecnologia exclusiva produzida e fabricada no Brasil, o equipamento na versão Sementes & Fertilizantes pode depositar semente e adubo ao mesmo tempo, proporcionando uma oportunidade de ganhos de produtividade do produtor rural que pode ultrapassar a casa dos 15%.
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Para que o agronegócio continuasse dando frutos no Brasil era preciso haver tratores, colheitadeiras, implementos e, principalmente, parceiros comprometidos a comercializar esses produtos com o melhor atendimento do mercado. Desde o início da história da Massey Ferguson, multiplicar o resultado é sinônimo de expansão de concessionárias e produção em escala comercial. Por isso, a Massey seguiu crescendo e, durante a década de 2010 não foi diferente, novas unidades representantes da marca foram abertas por todo o território nacional.
Aumentando espaço no norte e nordeste do país, a concessionária Agromac inaugura em 2012 sua loja em Bom Jesus (PI). A revenda foi instalada numa área de 20 mil metros quadrados, sendo 3.500 de área construída. Também em 2012, a concessionária Sulpará abre sua primeira loja em Paragominas (PA), um dos centros agrícolas que mais cresce no Estado.
A consolidada concessionária Pippi Máquinas dá início a mais uma unidade em Santo Augusto (RS) em 2012. Essa é a quinta filial do grupo que representa a Massey Ferguson na região sul do Brasil.
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Reforçando a presença da Massey Ferguson no interior de São Paulo, em 2013, a concessionária G.R.A. instala uma nova unidade na cidade de Ibitinga (SP). Na mesma época, é inaugurado um novo centro de distribuição da AGCO em Jundiaí (SP) com 25 mil metros quadrados para armazenamento de mais de 90 mil itens, o que otimiza a operação de reposição de peças e permite mais agilidade na entrega de produtos.
A concessionária Augustin, representante da Massey Ferguson no Rio Grande do Sul e no Paraná, inaugura, em 2013, uma loja em Tapejara (RS). A filial, localizada em um terreno de 2.787 m² na Rodovia RS 467, Km 1,3, possui oficina mecânica com 410 m² e área de peças e vendas com 240 m². E o sul vem forte com nova sede da concessionária Samaq, aberta no dia 6 de novembro de 2014 uma filial na cidade de Sobradinho (RS). Também em 2014, é inaugurada uma filial do Grupo Tracbel na cidade de Governador Valadares (MG). Aproximando a Massey dos produtores desta região.
Em 2015, a Dafonte Tratores expande sua área de atuação e abre uma loja em Mossoró (RN).
Já em 2018, a concessionária Fourmaq inaugura uma revenda da Massey Ferguson em Palmas (TO). E em 2019, a concessionária Redemaq comemora a abertura de mais uma unidade de concessionária Massey Ferguson no Rio Grande do Sul. Desta vez, o município escolhido é São Luiz Gonzaga, que fica na Região das Missões.
A fase de expansão das nossas unidades por todo o Brasil não parou por aí. Durante os últimos anos outras concessionárias foram inauguradas em diversas regiões do país, levando nossa tecnologia e soluções para o campo.
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Sempre à frente no processo de desenvolvimento da moderna agricultura brasileira, a Massey Ferguson também esteve intimamente ligada ao incentivo à cultura, entretenimento e sustentabilidade que impulsionaram o agro do País.
Em parceria com a Embrapa e durante a Expointer 2014, a Massey promoveu a demonstração de uso de energia limpa no campo apresentando um dos únicos motores do país preparado para operar com até 100% de biodiesel. O modelo foi estrategicamente posicionado próximo à Casa da Embrapa, que contava com uma usina móvel na qual, diariamente, o óleo de fritura dos restaurantes do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), deixava de ser resíduo para se transformar em combustível. Os visitantes
puderam acompanhar todo o processo produtivo, desde a filtragem do óleo, limpeza e a produção, decantação e saída do biodiesel.
Além de tecnologia e sustentabilidade, a Massey leva ações culturais às cidades do interior por meio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) com o espetáculo teatral Forasteiros, do projeto itinerante Viagem ao Improviso. A peça foi apresentada em 10 cidades de quatro estados diferentes durante o ano de 2014.
No decorrer da última década, a Massey Ferguson também patrocinou a tradicional competição de hipismo: The Best Jump, que é realizada na Sociedade Hípica de Porto Alegre (RS) e tem como um dos destaques o Prêmio Massey Ferguson – International Cup – Especial por Equipes.
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Além das ações de cultura e esporte, a Massey criou o programa Spray Day, um evento educativo com debates e palestras sobre tecnologias de aplicação de defensivos agrícolas.
Quando falamos de parceria, a Massey é campeã em uniões de sucesso, como a que ela realizou com a Woods Equipment para comercialização, no Brasil, de novos tipos de implementos em concessionárias que são disponibilizados nas revendas na cor da Massey Ferguson. Os modelos que tradicionalmente levavam a cor laranja no exterior, aqui são vendidos com exclusividade na tonalidade vermelha.
Outra ação da Massey que também visa o treinamento e a qualificação dos produtores rurais é o Crop Tour, que consiste em uma série de eventos focados em apresentar os benefícios das tecnologias ofertadas pela marca e embarcadas nas máquinas. Realizado em parceria com a Concessionária Itaimbé, o projeto mostra, na prática, para o agricultor como é possível potencializar o aumento de produtividade na lavoura, a rentabilidade e a sustentabilidade do sistema agrícola.
Pensando sempre em facilitar a vida do produtor rural além das máquinas, a AGCO Rental, braço da AGCO focado em aluguel de máquinas e equipamentos
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agrícolas, apresenta aumento de demanda ao longo do período. Produtores interessados na possibilidade de contar com máquinas, sem precisar se endividar, aderiram à modalidade para contratar equipamentos originais Massey Ferguson.
Em 2016, a Massey lança o programa de fidelidade, Meu Mundo Massey, que passa a oferecer aos produtores rurais a oportunidade de trocar pontos acumulados por produtos e serviços nas concessionárias e parceiros da marca Massey Ferguson.
Pioneira no segmento agrícola, a Massey é a primeira marca a registrar um trator no sistema ID Agro. Em evento realizado no dia 20 de novembro de 2020, em Brasília (DF), a marca fez a entrega do trator MF 6713 para ser o número 001 do Sistema ID Agro – Registro Oficial de Tratores e Máquinas Agrícolas. Essa nova plataforma digital possibilita o cadastro de equipamentos agrícolas, sem custo para o produtor rural, o que deve facilitar a comercialização de tratores, o acesso ao crédito e as ações de segurança em relação a roubos e furtos.
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Na última década, a Massey Ferguson apresentou ao mercado brasileiro novas tecnologias nos produtos e serviços agrícolas. Desde máquinas mais inteligentes até ferramentas de ponta, a agricultura brasileira nunca foi tão bem equipada. Começando pelo Auto Guide 3000, um completo e avançado sistema de piloto automático. Aqui no Brasil, a tecnologia inicialmente foi disponibilizada nos modelos: MF 9030, MF 9690, MF 9790 e os tratores das séries MF 7100 (a partir de 150 cv) e MF 7000 Dyna-6.
Após os anos 2000, estavam estabelecidos o plantio direto, a agricultura de precisão e as biotecnologias. Assim, o desenvolvimento sustentável passou a ganhar ainda mais força no Brasil, favorecendo, desta maneira, sistemas integrados de práticas que garantam a qualidade ambiental, preservem os recursos naturais, promovam o uso eficiente de recursos e melhorem a qualidade de vida de produtores e da sociedade.
Com os avanços da agricultura de precisão, as aplicações de produtos através de sistemas de taxa variável se tornaram imprescindíveis. Por isso, as plantadeiras das séries MF 500 e MF
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700 passaram a contemplar esta funcionalidade como opcional, permitindo, assim, que o agricultor controle a dosagem de sementes e fertilizantes durante a semeadura.
Em 2013, chega ao mercado a Fuse Technologies, a ferramenta que tem como foco produtos e serviços totalmente conectados e integrados na propriedade rural. A nova estratégia mundial de tecnologia adotada pela AGCO abrange os equipamentos da Massey Ferguson no Brasil.
Na sequência, para completar o portfólio da Massey de tecnologias de ponta, é lançado o aplicativo Go-task™, ferramenta disponibilizada pela AGCO para a transferência de dados sem fio. Com suporte de programas da Farm Management Information Software – FMIS, o app entrega os dados de operação das máquinas diretamente para um dispositivo com sistema operacional iOS, reduzindo o tempo e os esforços necessários para transferir as informações.
Em 2017, surge o motor eletrônico AGCO Power na linha de tratores MF 7200. Com alta
tecnologia embarcada, a série se destaca por seu baixo custo operacional e facilidade de manutenção. Estes novos modelos têm ainda transmissão sincronizada 12x5, levante hidráulico de três pontos com gerenciamento eletrônico e piloto automático.
Neste mesmo momento, a Massey Ferguson adota o uso do Google Glass para auxiliar na manufatura da unidade de Canoas (RS) e passa a ser a primeira fábrica a usar a iniciativa tecnológica em toda a América do Sul.
A marca lança ainda o Farm Solutions, tecnologia para agricultura de precisão desenvolvida pela AGCO. Em parceria com a Solinftec, Tecgraf e InCeres, o Farm Solutions é um pacote de serviços agronômicos que auxilia os produtores rurais no sistema de transição para a agricultura digital.
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A sintonia da Massey Ferguson com o campo brasileiro tem como resultado as colheitadeiras que entregam inovação ano após ano. No início dos anos 2010, a vez do lançamento da colheitadeira MF 32 SR, versão baseada na já reconhecida MF 32. Com a reformulação, a máquina passou a contar com um sistema híbrido de colheita. Além da substituição dos convencionais saca-palha por dois rotores responsáveis pela separação dos grãos, o modelo recebeu também um novo capô traseiro, deixando a máquina mais curta e leve.
Desde que chegou ao Brasil, a Massey Ferguson é referência em máquinas agrícolas que chamam a atenção por sua eficiência e rendimentos notáveis no dia a dia do produtor. Na década de 2010, foram lançados dois modelos de pulverizadores autopropelidos da Massey Ferguson, que fizeram a diferença para
agricultores do país inteiro. O MF 9030, com robustez, tecnologia e alta performance como principais características e conta com vão livre de 1,50 m e tecnologia Flex Frame. E o MF 8125, versátil, econômico e moderno, que tem 170 cv nas versões cana e grãos.
Levando a performance da pulverização a outro nível, o pulverizador MF 9130 Plus chegou em terras brasileiras com excelente desempenho com o máximo de tecnologia de aplicação de defensivos químicos. Com design global e motor eletrônico AGCO Power, o equipamento apresenta alto torque e baixo consumo de combustível. Para realizar a pulverização de maneira eficiente, a máquina possui controle do trabalho realizado por meio de válvula PWM com fechamento automático das seções e sistema End-Cap.
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Somam ao portfólio brasileiro novas enfardadoras com alta tecnologia como a MF 2170, que tem capacidade de alimentação de palha, feno ou forragem, gerando gera fardos homogêneos. A Massey Ferguson também investiu em soluções para os agropecuaristas brasileiros, como a enfardadora RB 4160V, RB 3130F e MF TW130, ideais para produção de feno voltada para alimentação animal. O equipamento reúne tecnologia e baixo custo de manutenção para entregar rentabilidade com alto desempenho em todas as colheitas.
Ao assumir a responsabilidade de plantar o futuro, a Massey Ferguson lança, neste período, duas plantadeiras: a MF 500 S, que trabalha com agricultura de precisão e preza pela separação dos processos de plantio e adubação e a adubadora MF 700 CFS, com design inovador para as caixas de adubo e semente. Ambas semeadoras estão disponíveis em versões mecânica e pneumática.
Além de novos lançamentos, a Massey Ferguson investiu em atualizações nas colheitadeiras MF 9795, a colheitadeira classe VII e colheitadeira axial classe VI, a MF 9695. Máquinas equipadas com um motor de seis cilindros turbo intercooler AGCO Power de 8.4 litros, posicionado lateralmente à máquina e alinhado com o rotor, capaz de entregar até 380 cv em reserva.
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O lançamento da MF 5690, em 2015, complementa a família de colheitadeiras da marca. Essa máquina foi desenvolvida especialmente para que produtores rurais de pequenas e médias propriedades pudessem alcançar altos níveis de produtividade. A colheitadeira híbrida MF 5690 é equipada com um motor de seis cilindros turbo intercooler AGCO Power de 7.4 litros, capaz de entregar até 220 cv a 2.100 rpm.
Em 2019, chega ao mercado o distribuidor de sólidos MF 9350 Dry, com caixa de distribuição de 5 m³, feita 100% de aço inox, motor AGCO Power que garante até 50% mais econômico que os demais da categoria. Neste mesmo ano, a Massey apresenta ainda a MF 6690, primeira colheitadeira híbrida classe V fabricada na América do Sul, que consegue iniciar o trabalho no campo antes e finalizar depois que as demais colheitadeiras disponíveis no mercado. Econômica, a máquina gera a melhor relação litros por tonelada, tem piloto automático Auto Guide 3000, o sistema de telemetria AGCOMMAND e o Fieldstar.
Desde 1961, ano em que a Massey Ferguson anunciou o lançamento do trator brasileiro MF 50, o Cinquentinha, a preferência dos agricultores por produtos que dispunham do Sistema
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Ferguson, que eram mais robustos e fáceis de operar, era latente. Fazendo jus a esses quase 60 anos de história, a Massey Ferguson lançou mais de 50 novos tratores para atender aos produtores. Conheça os principais maquinários desenvolvidos pela marca durante a última década.
A série MF 8600 Dyna-VT com os tratores pesados MF 8670 Dyna-VT e MF 8690 Dyna-VT equipados com a transmissão constantemente variável (CVT, na sigla em inglês) e são considerados os mais modernos do mundo.
O trator MF 2625, já é comercializado na Europa, Ásia e EUA. Destinado às atividades em pequenas propriedades, como hortifruticultura e grãos, a máquina possui 62 cv de potência e torque máximo de 218 nm.
A Massey também apostou em um segmento bastante específico: os tratores de jardim MF 2000 e o MF 2900, que apresentam três lâminas com largura de corte de 1321 mm e motor de 27 hp, possuem a função de Giro Zero, facilitando o acabamento em locais com árvores ou postes.
De 2011 até os dias atuais, a Massey ampliou seu portfólio de forma extraordinária. Um dos principais destaques deste período é o lançamento de três modelos de tratores compactos da série MF 4200: o MF 4265, MF 4275 e MF 4283. Em 2013, a marca amplia a linha de tratores pesados e lança a série MF 7100 na versão Florestal Agrícola.
Em 2011, a Massey começa a produzir no Brasil o pulverizador MF 9330 com motor AGCO Power. A máquina se destaca, pois garante até 50% de economia de combustível em relação aos demais. O equipamento conta com piloto automático, vão livre de 1,65m e sistema End-Cap, permitindo que não haja pressão residual na tubulação.
Com a chegada de todas essas novidades, a produção agrícola no Brasil passou a alcançar consecutivos recordes, proporcionando uma nova realidade econômica ao País.
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Líder no mercado nacional de tratores desde suas primeiras máquinas, a Massey registrou em 2011 a comercialização de 14.451 tratores. As concessionárias da marca, distribuídas por todo território nacional, representaram 28% do somatório de vendas da indústria.
Referência em máquinas dentro do Programa Mais Alimentos, a Massey fez, durante a feira Expointer de 2011, a entrega do 43000º trator e da 180ª colheitadeira comercializados pela indústria nesta modalidade de financiamentos.
Outro destaque deste período é a chegada da série de tratores MF 6700 (nas versões MF 6711, de 115 cv; MF 6712, de 125 cv; e MF 6713, de 135 cv), cabinada e plataformada com o novo motor eletrônico AGCO Power. A linha conta ainda com a nova transmissão 12x12, maior capacidade de levante da categoria e sistema hidráulico de alta vazão.
Mais um lançamento, o MF 6700R Dyna-4 chega ao mercado nos modelos MF 6711R, MF 6712R e MF 6713R, com 115 cv, 125 cv e 135 cv, respectivamente. O sistema de transmissão passou por um processo de evolução e efetua as trocas de marcha automaticamente.
A nova série MF 7700 Dyna-6 chega para oferecer mais inovação aos produtores. Com motor eletrônico
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AGCO Power, a linha se destaca pela potência, modernidade e tecnologia. Disponíveis nos modelos MF 7719, MF 7720, MF 7722 e MF 7725, os tratores possuem levante de três pontos traseiro com 9.100 kg e dianteiro de 4.000 kg.
Outra novidade da Massey no período é a reformulação da família de tratores mais tradicional da marca, a MF 4200. A nova linha MF 4700 foi projetada para ampliar o rendimento e a versatilidade nas atividades no campo. Disponível nas versões plataformada e cabinada, as máquinas possuem a maior capacidade de levante e vazão da categoria.
Em meados do meio da década, chega às terras brasileiras a nova série MF 5700 com os modelos MF 5709 e MF 5710. Os tratores levam motor AGCO Power, possuem transmissão 12x12, reversão mecânica ou eletro-hidráulica, vazão de 57 ou 98 l/min, tração 4x4 e estão disponíveis nas versões com plataforma ou com cabine.
Em 2018, a Massey coloca no mercado também as plataformas MF 9255 Draper DynaFlex™ de 45 pés, desenvolvidas especialmente para colheitadeiras axiais da classe VIII. Com a novidade, a marca se posiciona no mercado com a maior oferta de plataformas draper,
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oferecendo ao agricultor uma gama de produtos de 25 a 45 pés. Neste mesmo ano, a série MF 8700 Dyna-VT é lançada. Desenvolvida para maximizar o desempenho dos trabalhos no campo com robustez, tem como principais características: a alta potência, a vazão do sistema hidráulico e o torque elevado. Especialmente preparada para trabalhar com grandes implementos, essa linha apresenta baixo consumo de combustível e alto rendimento operacional.
Em 2019, o MF 3300 chega ao mercado como a melhor solução para cafeicultores, fruticultores e vinicultores. A série disponível em versão plataformada e cabinada é formada por tratores compactos de 69 cv, 78 cv e 89 cv. Os modelos estão equipados com o prestigiado motor AGCO Power de 3 cilindros eletrônico, que atende ao Proconve MAR-1. Ainda no mesmo período, é lançada a série MF 4200 Xtra equipada com o prestigiado motor eletrônico AGCO Power de 3 cilindros. Composta de quatro modelos: o MF 4280 Xtra (80 cv), MF 4283 Xtra (89 cv), MF 4290 Xtra (99 cv) e MF 4292 Xtra (105 cv), todos 4x4 e plataformados, a linha chama atenção por seu baixo custo de manutenção e por aceitar todos os tipos de implementos agrícolas.
Já em 2020, a marca apresenta mais uma novidade para pequenos e médios produtores, a nova série de tratores MF 4300 que ampliam o portfólio da marca com tratores versáteis e resistentes, que podem ser utilizados em todo ciclo produtivo nas mais variadas operações. Com o exclusivo motor AGCO Power de 3 cilindros turbinados, os tratores dessa série possuem transmissão 8x2, capacidade de levante de 2.500 kg, controle remoto e capacidade do tanque de 95 litros de combustível.
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A série MF 8S, após sete anos de testes em todo o mundo, foi lançada na Europa e para alguns mercados específicos depois de longas consultas a agricultores. Os tratores MF 8S contam com quatro modelos que oferecem potência máxima de 265 cv, todos fornecidos pelo sistema EPM e motor AGCO Power.
São deste período também os seguintes lançamentos: o trator MF 6714 equipado com o motor AGCO Power de 4 cilindros e injeção eletrônica, o que garante alto torque em baixas rotações trazendo economia de até 8%. Sua transmissão 12x12 eletro-hidráulica permite movimentos simples de manobra do equipamento, possibilitando alta eficiência operacional e aumento de até 10% hectares trabalhados por hora. E a nova série MF 7300 Dyna-3 vem ao mercado em dois modelos, o MF 7316 e o MF 7318, com motor AGCO Power 4 cilindros para garantir até 9% a mais de eficiência operacional e 11% em combustível.
Em 2020, devido à pandemia do novo coronavírus, a Massey Ferguson realiza o primeiro lançamento virtual de máquina agrícola, o MF 6714R Dyna-4. O anúncio ocorre durante a live de encerramento da Agrishow Experience. O trator chega para complementar a já consagrada família de tratores MF 6700R e oferece 10% a mais de eficiência operacional por hectare/hora, gerando 8% de economia de combustível e
menos desgaste de peças durante o período de operação.
Uma nova geração de plataformas Draper DynaFlex 9300 chega ao mercado em 2020. Com flexibilidade no trabalho, o novo equipamento oferece redução de perdas no processo de recolhimento em até 40% no processo de corte e de até 10% em grãos de inserção baixa. O equipamento é a evolução das plataformas DynaFlex 9250 e 9255. Com design arrojado, as plataformas estão disponíveis nas seguintes dimensões: Draper 25” (7,6 m), Draper 30” (9,10 m), Draper 35” (10,6 m), Draper 40” (12,2 m) e Draper 45” (13,7 m). As plataformas podem ser acopladas às colheitadeiras axiais da marca e à híbrida MF 6690 (265cv).
Em comemoração aos 60 anos de Brasil, a Massey Ferguson apresenta o pulverizador MF 8225, projetado para enfrentar os desafios do campo com eficiência. O novo pulverizador alia baixo consumo de combustível a alta capacidade de tração, além do conforto operacional, para contribuir com a produtividade diária, seja em pequenas, médias ou grandes propriedades rurais.
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Prêmio Gerdau Melhores da Terra - Criado em 1983, é o maior prêmio da América do Sul para máquinas e equipamentos agrícolas, apontando os produtos mais modernos e eficientes do setor. A Massey Ferguson venceu as seguintes categorias do prêmio:
- 1999 - Categoria Novidade Expointer, Troféu Ouro, pela colheitadeira MF 38.
- 2002 - Destaque, Troféu Ouro, pela colheitadeira MF 34.
- 2007 - Categoria Novidade Expointer, Troféu Ouro, pela colheitadeira MF 9190 ATR.
- 2010 - Categoria Novidade Expointer, Troféu Prata, pelo trator MF 7350.
Top of Mind / Top List / Pop List / Marcas de Expressão / Marcas de Quem Decide - Esses prêmios são concedidos por importantes veículos de comunicação do segmento empresarial e rural. A Massey Ferguson vence os seguintes:
- 1991 a 2009 - Top of Mind no Rio Grande do Sul, da revista Amanhã.
- 1998 a 2009 - Top of Mind Rural, da Revista Rural.
- 2000 - Top of Mind Marcas da Década, da Revista Rural.
- 2001 a 2008 - Top List Rural, da Revista Rural.
- 2003 - Marcas de Líderes na categoria Indústria Metal-Mecânica, da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Canoas (RS).
- 2003 a 2006 - Top of Mind, da Revista Amanhã, Paraná.
- 2003 a 2008 - Pop List Rural, do Jornal O Popular, Goiás.
- 2005 a 2006 - Marca Top em Tratores nos três estados da região Sul, na pesquisa Marcas de Expressão, Revista Expressão.
- 2006 - Pesquisa Marcas de Quem Decide, Jornal do Comércio, Porto Alegre (RS).
- 2010 - Marcas de Líderes na categoria Metal-Mecânica, da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Canoas (RS).
- 2010 - Top of Mind Rural, Revista Rural, na categoria Tratores.
- 2010 - Top List Rural, Revista Rural.
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- 2010 - Top of Mind Paraná, revista Amanhã, na categoria Agrícola.
- 2011 - Marca mais lembrada na 13a edição da pesquisa Marcas de Quem Decide.
- 2011 - Top of Mind RS na categoria Máquinas Agrícolas.
- 2011 - Top of Mind Rural na categoria Tratores.
Outros prêmios
- 1986 a 2008 - Prêmio Destaque A Granja do Ano, revista A Granja.
- 2003 - Top3 do portal Ibest na categoria Agribusiness.
- 2004 - Prêmio Aberje Brasil na categoria E-News Externa para Dicas da Terra Online, informativo eletrônico do site da Massey Ferguson.
- 2005 - Prêmio Líderes Automotivos do Pará, Maior Fabricante de Tratores do Brasil.
- 2006 - Troféu Homem do Aço, concedido pela Associação do Aço do Rio Grande do Sul (AARS).
- 2006 - Prêmio Destaques Correio do Povo/Sicred.
- 2006 - Prêmio Visão da Agroindústria,
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segmento Máquinas Agrícolas, categoria Trator de Roda.
- 2006 e 2007 - Prêmio MasterCana, promovido pela revista ProCana, é um reconhecimento aos melhores fornecedores do agronegócio sucroalcooleiro.
- 2007 - Troféu Maiores Exportadoras do Sul no segmento Máquinas Agrícolas, concedido pela Editora Expressão.
- 2007 - Prêmio Destaque Correio do Povo/Rede Record para colheitadeira axial MF 9190 ATR.
- 2007 e 2009 - Prêmio VisãoAgro Paulista promovido pela revista Visão da Agroindústria.
- 2008 - Prêmio Melhores do Agronegócio, concedido pela revista Globo Rural na categoria Tratores e Máquinas Agrícolas.
- 2008 - Troféu Destaque Expodireto Cotrijal, concedido pela Cotrijal e Grupo Record.
- 2009 - Prêmio CanaSauro, concedido pela FAS Editora aos profissionais que contribuem para o desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar.
- 2011 - Prêmio VisãoAgro 2011 na categoria Destaque Máquinas Agrícolas.
- 2011 - Prêmio A Granja do Ano, revista A Granja, na categoria Destaque Tratores.
- 2011 - Massey Ferguson conquista o lugar de marca mais lembrada do segmento de implementos e máquinas agrícolas na 13ª edição da pesquisa Marcas
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de Quem Decide, realizada pelo Jornal do Comércio, em Porto Alegre (RS).
- 2011 - A 3ª edição do Prêmio Fenabrave, realizado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, classifica a Massey Ferguson como a marca mais desejada do setor.
- 2012 - A premiação Top of Mind, realizada no Rio Grande do Sul pela Revista Amanhã, posiciona a Massey Ferguson como a marca mais lembrada na categoria máquina agrícola.
- 2012 - Pelo segundo ano consecutivo, a Massey Ferguson é escolhida pelos empresários filiados à Fenabrave como a marca mais desejada entre os produtores rurais brasileiros na categoria Tratores e Máquinas Agrícolas.
- 2012 - Ganhadora do prêmio A Granja do Ano na categoria Destaque Tratores, a Massey Ferguson permanece invicta na premiação desde o seu lançamento, há 27 anos.
- 2012 - A Massey Ferguson mostra sua força e tradição, sendo escolhida, pela décima segunda, como líder do ranking das marcas mais lembradas pelos leitores da Revista Rural e conquistando o prêmio Top List Rural na categoria Tratores.
- 2013 - Os tratores da Massey Ferguson conquistam o prêmio Visão Agro 2013, concedido a profissionais, empresas e entidades que desenvolveram seus negócios com excelência e em prol do
setor sucroenergético em diversas áreas do segmento.
- 2013 - A colheitadeira Massey Delta é a vencedora do prêmio Máquina do Ano da Agritechnica 2013, maior exposição do mundo de maquinários agrícolas da Alemanha. A máquina iniciou seu desenvolvimento com o apoio da engenharia nacional na realização da instalação e testes da motorização e validação do motor em campo.
- 2013 - Recebe o prêmio Top of Mind Rural, promovido pela Revista Rural. A marca conquistou a posição de número um pela 16ª vez consecutiva. Além disso, a Massey também foi eleita a marca preferida pelos leitores da revista e recebeu o prêmio Top List Rural 2013.
- 2014 - Ganha o selo de Trator do Ano na categoria tratores especiais durante a 15ª Expodireto Cotrijal, feira agrícola realizada na cidade de Não-Me-Toque (RS). O trator premiado foi o MF 7180 Florestal, que é ideal para atender as demandas da silvicultura.
- 2014 - Conquista do título de marca de trator mais lembrada do agronegócio do Top Of Mind Rural em pesquisa realizada junto aos leitores da Revista Rural.
- 2014 - Pelo 14º ano consecutivo, a Massey Ferguson é vencedora do Prêmio Top List Rural na categoria tratores. A pesquisa, organizada pela Revista Rural, contou com a participação de agricultores de todo o Brasil.
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- 2014 - A primeira colheitadeira classe VIII da Massey Ferguson conquista o Prêmio Gerdau Melhores da Terra, na Agrishow.
- 2015 - A marca vence a categoria Máquinas Agrícolas no Top of Mind (RS) com 21,3% das menções dos consumidores (mais de 1,2 mil participantes), quase o dobro da segunda colocada.
- 2015 - A Massey é vencedora mais uma vez noTop of Mind Rural, categoria Tratores – levantamento realizado há 18 anos junto aos leitores da Revista Rural. A marca atingiu 27,32% na categoria Tratores e segue invicta no primeiro lugar da pesquisa.
- 2015 - Eleita a melhor assistência técnica de máquinas agrícolas no setor canavieiro pelo 7° Prêmio Visão Agro Sudeste na categoria que valoriza a excelência de relacionamento no pós-venda.
- 2015 - Pela 30ª vez consecutiva, a Massey Ferguson é considerada a melhor fabricante na categoria tratores do Prêmio A Granja do Ano. A marca foi a única das homenageadas a ganhar em todas as edições da premiação. A cerimônia foi realizada durante a Expointer de 2015.
- 2015 - Conquista do Prêmio Produz Brasil na categoria Desenvolvimento e Consolidação da Marca, com o projeto Colheitadeiras Híbridas. O reconhecimento é promovido pela Revista Produz Brasil (GO) com apoio da FAESP e ressalta o empenho da marca em desenvolver tecnologias inovadoras para o mercado.
- 2015 - A marca vence o prêmio Top of Mind (RS) como a mais lembrada na categoria Máquinas Agrícolas. A pesquisa, realizada pela revista Amanhã, premia as empresas que são as mais recordadas pelo público em categorias.
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- 2015 - O modelo MF 6711R Dyna-4 recebe o selo de Trator do Ano durante a Agrishow de Ribeirão Preto (SP). Do total de 31 modelos inscritos na competição, 11 foram selecionados para a final e o vencedor recebeu 25 mil votos ao todo.
- 2016 - A Massey vence, novamente, o Top of Mind Rural, promovido pela Revista Rural. Essa é a 19ª edição consecutiva que a marca é a mais vencedora na categoria Tratores.
- 2016 - A marca é a vencedora dos prêmios Top List Rural 2016 na categoria Tratores e do VisãoAgro como melhor marca na categoria Tratores de Pneus.
- 2018 - A marca vence o prêmio Machine of the Year Brazil na categoria Colhedoras de Grãos com o modelo MF 9895. O equipamento, avaliado durante a 19ª Expodireto Cotrijal, conquistou a maior pontuação da comissão julgadora entre os finalistas da categoria.
- 2019 - O trator MF 7719 S é escolhido como Máquina do Ano na categoria de Média Potência, no SIMA – Paris International Agribusiness Show, realizado na capital da França. O modelo da família MF 7700 S é repleto de novos recursos que aprimoram o seu desempenho, como o terminal Datatronic 5.
- 2020 - A plantadeira Momentum é a vencedora do prêmio Machine Of The Year, o mais
importante do segmento de máquinas no Brasil, na categoria Semeadora.
- 2021 - A Massey Ferguson vence o prêmio Red Dot: Product Design 2021, na categoria de veículos comerciais, com seus tratores inovadores da série MF 8S. O reconhecimento chega após o MF 8S.265 Dyna E-Power ter recebido o prestigioso prêmio Trator do Ano 2021 e, em 2020, o prêmio de Melhor Lançamento Digital Global. Um júri internacional selecionou o MF 8S entre milhares de inscrições de mais de 60 países para receber o prêmio que só é concedido a produtos que apresentam design excepcional.
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1961
– A União Soviética envia o primeiro homem ao espaço, Iuri Gagárin.
– O Muro de Berlim começa a ser construído.
– Posse e renúncia do presidente Jânio Quadros. O vice João Goulart assume.
– Primeiro Congresso Nacional de Lavradores e Trabalhadores Agrícolas.
– A Massey Ferguson inaugura sua fábrica de tratores no Brasil. O modelo MF 50, o Cinquentinha, é lançado com a presença do presidente João Goulart. Os tratores MF 50 e MF 65 começam a ser produzidos em São Paulo.
1962
– Os tratores Massey Ferguson se tornam os mais vendidos no mundo ocidental. A companhia Minuano, de Canoas, abre filiais em várias cidades gaúchas para vender os tratores Massey Ferguson fabricados em São Paulo.
1963
– A Minuano fabrica o primeiro arado tubular sob licença da Massey Ferguson.
1964
– Início da Guerra do Vietnã.
– A IBM lança o circuito integrado, o chip.
– Surge a Arpanet, embrião da futura internet.
– Golpe depõe o presidente João Goulart e implanta a ditadura militar.
– A Pippi Máquinas (RS) e a Redemaq Real (RS) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
1966
– A Sayuji (SP), a Arakaki (SP) e a Marão Máquinas (SP) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
1967
– É criado o Movimento de Alfabetização Brasileiro, o Mobral.
– A Jorge Santos Tratores (RS), a G. R. A. (SP), Camagril (PR) e a Oimasa (SP) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
1968
– O protesto estudantil e intelectual francês conhecido como Maio de 68 repercute pelo mundo.
– Inaugurado o primeiro Centro de Treinamento Massey Ferguson, em Lençóis Paulista, no estado de São Paulo.
– A Cimma (RS), a Magril (GO) e a Maquiagro (RS) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
1969
– O astronauta americano Neil Armstrong é o primeiro homem a pisar na Lua.
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– Com a incorporação de diversas empresas, entre as quais a Minuano, surge a Massey Ferguson do Brasil S. A. Indústria e Comércio.
– A Jaraguá (MS), a Cequip (CE) e a Schadeck (SC) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
Outros lançamentos dos anos 1960 no Brasil: tratores MF 50 X, MF 65 X.
1970
– Começa a década do “milagre econômico” brasileiro.
– Governo concede isenção de IPI para os fabricantes de máquinas e implementos agrícolas e estimula a expansão das fronteiras agrícolas para o Centro-Oeste.
– Início de construção da Transamazônica.
– Censo demográfico no Brasil revela que a população urbana ultrapassou a população rural. Dos 96 milhões de brasileiros, 56% vivem nas cidades.
– A Massey Ferguson do Brasil lança os primeiros protótipos das colheitadeiras MF 210, MF 220 e MF 2105.
– A Rondomaq (MT) e a Beltec Implementos (RJ) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
1971
– Criação dos microprocessadores e início da revolução da informática.
– Introdução da técnica do plantio direto.
– A Dimasa (PR) e a Luchini (MG) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
1972
– A Curicaca (MS), a Sperandio (SC), a Covediesel (RS), a Samaq (RS), a Augustin (RS), a Somafértil (GO), a Itaimbé (RS), a Magparaná (PR), a J. Azevedo Máquinas (MG), a Irmãos Flamínio (SP) e a Paranatrator (PR) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
1973
– A crise do petróleo é deflagrada pela OPEP, espalhando a recessão mundial.
– Brasil e Paraguai assinam acordo para a construção da hidrelétrica de Itaipu.
– Criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária — Embrapa.
– A Mátria (MG) e a Norteforte (GO) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
1974
– Liberado o crédito para a compra de máquinas pelos produtores rurais brasileiros como forma de expandir as fronteiras agrícolas.
– A Comac (SP) e a Corema (SP) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
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1975
– Criados o Programa Nacional de Defensivos Agrícolas e o Programa Nacional do Álcool — Proálcool.
– É lançado o trator MF 275, futuro campeão absoluto de vendas.
– A MM Sperandio (SC) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
1976
– A MM Alpha Máquinas (MA) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
1977
– É criado o estado do Mato Grosso do Sul, com 357.000 quilômetros quadrados.
– A Agroterra (SP) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
1978
– Início da abertura política. Os exilados políticos começam a voltar ao país.
– Depois de 14 anos de pesquisas, a Embrapa coloca à venda semente de algodão que promete quintuplicar a produção.
– A Sama (SC) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
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1979
– Início da circulação de veículos movidos a álcool.
– A Tratoral (AL) e a Dafonte (PE) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
Outros lançamentos dos anos 1970 no Brasil: tratores MF 250, MF 265, MF 270, MF 285,
MF 290, MF 296, MF 85, MF 85 X, MF 95, MF 95 X, MF 235, MF 3366 Esteira, MF 400 Esteira, MF 55, MF 95 I, MF 265 E, MF 65 R. Colheitadeiras MF 310, MF 3640, MF 1630.
1980
– Início da reestruturação agroindustrial do país e da transição para o modelo do agronegócio.
– A Massey Ferguson do Brasil S. A. Indústria e Comércio incorpora a Motores Perkins S. A.
1981
– A Prodoeste (MG) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
1982
– O nome “internet” passa a definir as redes de computador conectadas por meio do protocolo TCP/IP.
– A fábrica de tratores é transferida de São Paulo para Canoas, no Rio Grande do Sul.
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– O Grupo Iochpe compra 33% das ações da Massey Ferguson do Brasil.
1984
– Astronautas flutuam no espaço, fora da nave Challenger.
– Campanha das Diretas Já leva milhões de pessoas às ruas do Brasil para exigir o voto direto para presidente da República.
– Lançamento da revista da Massey Ferguson, a Campo Aberto.
– Criação do Consórcio Nacional Massey Ferguson (CNMF).
– A Beltec Tanguá (RJ) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
1985
– São gerados na Inglaterra os primeiros mapas de produtividade oriundos do uso da agricultura de precisão.
– Colégio Eleitoral elege Tancredo Neves presidente do Brasil. Doente, ele não chega a tomar posse. Seu vice, José Sarney, assume a presidência do país.
– A Riofras (SC), a Triama (MG) e a Super Safra Tratores (MG) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
1986
– Vazamento nuclear em Chernobyl, na União Soviética, espalha níveis elevados de radioatividade, que atingem os campos da
Europa, alertando o mundo para os riscos da era atômica.
– Produzido o trator número 300.000.
1987
– A Tratornan (MS) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
1988
– Promulgada a nova Constituição Brasileira.
– Trabalhadores rurais têm reconhecidos seus direitos previdenciários.
– Em dezembro, 600 tratores MF 296/4 iniciam o embarque para o Iraque.
– A Acrediesel (AC) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
1989
– Após 29 anos, brasileiros voltam a escolher o presidente do país pelo voto direto. Fernando Collor de Mello vence as eleições.
– A vinheta de abertura da novela O salvador da pátria, da Rede Globo, traz um MF 292 4 x 4 Turbo.
Outros lançamentos dos anos 1980 no Brasil: tratores MF 235 E, MF 265 E, MF 265/4 WD,
MF 275 RI, MF 275/4 WD,MF 290 RA, MF 295, MF 295/4, MF 4780, MF 290 LS, MF 290 LS Álcool, MF 290 MS, MF 290/4 WD, MF 86 MS Retroesc., MF 86 RV Retroesc., MF 292, MF 292/4,
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MF 296/4, MF 297/4, MF 299/4, MF 9150, MF 9170 Colheitadeira MF 5650 Turbo.
1990
– Reunificação da Alemanha.
– Início da abertura de mercado, que obriga as empresas nacionais a se reestruturarem para enfrentar a competição global.
1991
– Fim da União Soviética.
– Parceria com a Shell faz os tratores Massey Ferguson saírem da linha de montagem abastecidos com seus lubrificantes, aditivos e fluidos.
– A Sulpará (PA) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
1992
– Criação da WorldWide Web (www), como ferramenta para usuários da internet acessarem informações. O número de servidores na rede chega a 1 milhão.
– Fernando Collor de Mello renuncia, após abertura de processo de impeachment. O vice Itamar Franco toma posse.
– A Mecaniza (MG) e a Redemaq Minas (MG) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
1993
– Brasil se engaja em mutirão contra a fome,
idealizada pelo sociólogo Hebert de Souza, o Betinho.
– Incorporação da indústria de máquinas Ideal S. A., de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, onde foi instalada a fábrica de colheitadeiras.
– A Sotrima (RS), a Comercial Agromen (RS), a Casa dos Implementos (BA) e a Guimarães (MT) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
1994
– Com o lançamento do Plano Real, a hiperinflação afinal é debelada. Fernando Henrique Cardoso vence as eleições para a presidência.
– Primeiro fabricante de máquinas agrícolas a conquistar a certificação internacional ISO 9001, que garante a qualidade da produção.
– A AGCO adquire o Massey Ferguson Group Ltd.
– A Tracbel (MG) e a Stéfani (SP) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
1995
– Implantada a internet comercial no Brasil.
– Produzido o trator Massey Ferguson de número 420.000 fabricado no Brasil.
– A Mosena (MS) e a Divemaq (RS) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
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1996
– A Massey Ferguson do Brasil é adquirida pelo grupo AGCO, proprietária de outras marcas ligadas à mecanização agrícola.
– A Mardisa (SE), a J. Azevedo Tratores (ES) e a Agriparaná (PR) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
1997
– A ovelha Dolly é apresentada ao mundo.
– A Volmaq (GO), a Triama Norte (MG) e a Agro-Oeste (MT) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
1998
– Fernando Henrique Cardoso é reeleito presidente do Brasil.
– A AGCO e o Banco De Lage Landen, subsidiário do Rabobank, se unem para formar a Agricredit, que tem como objetivo oferecer financiamento para a aquisição de produtos Massey Ferguson.
– A Safra (MG) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
1999
– Lançado o Programa Nacional para Renovação da
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Frota Agrícola, o Moderfrota, com melhores condições de financiamento ao produtor rural.
– Início da fase de prosperidade do agronegócio brasileiro.
– A Massey Ferguson é a primeira fabricante de máquinas agrícolas a conquistar a certificação ISO 14001.
– Intensificação do Massey em Ação, o calendário de ações de campo para divulgação tecnológica.
– Lançamento das colheitadeiras MF 34 e
MF 38.
– A Agrimar (RS), a Casa Nasser (SP) e a Amici (SP) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
Outros lançamentos dos anos 1990 no Brasil: tratores MF 250 SE, MF 250 X, MF 265/4 E, MF 275 E, MF 275/4, MF 297, MF 299, MF 5275, MF 5285, MF 5290, MF 610, MF 620, MF 630, MF 640, MF 650, MF 660, MF 680, MF 297/4 WD, MF 96 Retroesc., MF 250 E, MF 250/4, MF 272, MF 283, MF 290/4, MF 295/4, MF 296, MF 5275/4, MF 5285/4, MF 5290/4, MF 5300, MF 5310/4, MF 5320/4, MF 610/4, MF 620/4, MF 660/4, MF 680/4. Colheitadeiras MF 6845, MF 6850, MF 6855, MF 3640, MF 8780.
2000
– Mapeado o genoma humano.
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– Surgem os primeiros resultados da adoção da agricultura de precisão.
– Comemorações dos 500 anos de descobrimento do Brasil.
– A Massey Ferguson investe em parcerias para desenvolver o primeiro projeto do país de pesquisas em escala comercial sobre a agricultura de precisão, o Projeto Aquarius.
– Fazendeiros dos Estados Unidos passam a usar tratores produzidos no Brasil.
– Lançamento do trator MF 265 SE, especial para fruticultura.
– A Ourinhos Diesel (SP) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
2001
– Atentado terrorista ao World Trade Center, em Nova York, e ao Pentágono, em Washington.
– China entra na Organização Mundial do Comércio (OMC).
– A marca Massey Ferguson completa 40 anos de liderança ininterrupta no Brasil, celebrando com um show especial de Almir Sater para mais de 5.000 pessoas.
– A Escola Superior de Agricultura da USP, a Esalq, completa 100 anos e renova parceria com a Massey Ferguson.
– Lançamento do Prêmio Massey Ferguson de Jornalismo.
– Lançamento da Linha Advanced de colheitadeiras.
– A Terra Tratores (SP) é homologada como
concessionária Massey Ferguson.
20 02
– Luís Inácio Lula da Silva é eleito presidente do Brasil.
– Tratores cabinados da linha MF 200 são apresentados na Expointer.
– Lançado o MF 275 Green, o primeiro trator ecológico, com motor de baixa emissão de poluentes.
– Inaugurado Centro Massey Ferguson de Treinamento em Maringá, no Paraná.
– Emerson Fittipaldi e Antonio Fagundes compram os novos tratores MF 200 e MF 600 Advanced.
– A Juagro (BA) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
2003
– Governo Lula lança o Programa Fome Zero.
– O programa Moderfrota é relançado.
– A marca atinge o número histórico e sem precedentes de 500.000 tratores fabricados no Brasil. Em comemoração, o trator MF 275 de número 500.000 é arrematado em leilão pela Unimassey e os 200.000 reais arrecadados são doados ao programa Fome Zero. Esse mesmo trator seguiu pelo país com a Caravana dos 500.000, arrecadando alimentos não perecíveis que foram doados a instituições de caridade.
– A Massey Ferguson recebe o Certificado de Responsabilidade Social da Assembleia
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Legislativa do Rio Grande do Sul pelo conjunto de suas iniciativas.
– Ampliação do Centro Tecnológico, localizado em Canoas, e aumento da bancada de testes, que quadruplicou sua capacidade.
– Em outubro e novembro, a Massey Ferguson bate dois recordes históricos, quando são produzidas 223 e 254 colheitadeiras, respectivamente.
– Os índios kuikuro, do Alto Xingu, no Mato Grosso, compram um trator MF 275, para agricultura e construção de ocas.
– A Tratormaster (BA) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
2004
– Tsunamis devastadores atingem o sul do Pacífico, na Ásia.
– Fábrica de Santa Rosa bate recorde de
produção anual: 2.312 colheitadeiras, um crescimento de 21% sobre o ano anterior.
– Mais um trator MF 275 chega ao Alto Xingu: dessa vez, para os índios yawalapiti, vizinhos dos kuikuro.
– A Navesa (GO), a Guaporé (RO) e a Corema Oeste (SP) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
2005
– A Massey Ferguson bate recorde de exportação de colheitadeiras. A Venezuela é o principal destino.
– Lançamento do trator MF 250 XE, o Brasileirinho, destinado à agricultura familiar.
– Lançamento das colheitadeiras MF 5650, com conceito Multicrop, que oferecem soluções fáceis e ajuste para colheita de diferentes grãos, com alto desempenho e baixo custo,
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inclusive em áreas irrigadas.
– Implantação na fábrica de tratores do Projeto Gestão Sustentável dos Recursos Hídricos: Reuso da Água, que busca a utilização mínima de água nos processos produtivos e máxima proteção ambiental.
– A Jumasa (MT) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
– Buscando uma unidade corporativa, a Agricredit se transforma no AGCO Finance.
2006
– Luís Inácio Lula da Silva é reeleito presidente do Brasil.
– Os tratores e as colheitadeiras Massey Ferguson já operam com 5% de biodiesel, antecipando-se em dois anos à determinação obrigatória da Agência Nacional de Petróleo.
– Lançamento da nova série MF 200 Compacto, linha de tratores especialmente desenvolvida para a fruticultura brasileira.
– A Comac Tocantins (TO) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
2007
– Lançamento da colheitadeira axial MF 9790 ATR para as culturas de milho, soja e trigo.
2008
– Criação do programa Mais Alimentos, do governo federal, com a disponibilização dos tratores de 50 cv, 65 cv e 75 cv, mais
adequados à agricultura familiar.
– Apresentação de tratores com novo sistema de direcionamento automático AutoGuide, o piloto automático.
– Apresentação do trator conceito MF 275, de 75 cv, movido a etanol e diesel.
– Em parceria com o Canal Rural, lançamento do Projeto Jovem Inovador, para premiar trabalhos de universitários e alunos de escolas técnicas com foco em gestão e inovação rural.
– Lançamento da série completa de plantadoras e semeadoras de 2 a 30 linhas de plantio.
– Lançamento do trator MF 255 Compacto, para atender produtores de frutas e café.
– A Centercom (TO) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
2009
– A Massey Ferguson disponibiliza tratores e implementos para o programa de financiamento Mais Alimentos, do governo federal, voltado para a agricultura familiar.
– Lançamento de perfil oficial no Twitter. A marca já está presente em redes sociais como Orkut, YouTube e Flickr. Massey Ferguson patrocina restauração de prédio histórico, construído em 1913, no estilo art nouveau, da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
– São lançados os tratores MF 7140, MF 7150, MF 7170 e MF 7180. Com potência entre 140 e 180 cv, são ideais para lavouras de grãos e
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canaviais. Equipados com controle remoto, piloto automático e itens para a agricultura de precisão.
– A Pippi Santa Catarina (SC) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
2010
– A China se torna a segunda maior economia do mundo, ultrapassando o Japão.
– Em 15 anos o número de subnutridos no mundo cai de 1,023 bilhão para 925 milhões.
– Exportações do agronegócio brasileiro batem recorde histórico de 76 bilhões de dólares, fazendo do país um dos celeiros mundiais.
– Dilma Roussef se torna a primeira mulher eleita presidente do Brasil.
– O Consórcio Massey Ferguson faz contemplação do trator número 50.000.
– São lançados os tratores da linha MF 4200, criada para substituir a linha MF 200.
– É lançada a série MF 7000 Dyna-6, a mais moderna já produzida no país, com transmissão inteligente e piloto automático.
– A unidade de mecanização da Embrapa adquire um trator MF 7000 Dyna-6 para avaliação e treinamento de técnicos.
– Lançamento da colheitadeira axial MF 9690 ATR, única com acionamento hidrostático do rotor.
– Lançamento das plataformas de milho da série
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MF 3000 Cyclone com exclusivo e inédito sistema de roçadeiras, que proporciona as condições ideais para o plantio direto.
– A Comac Oeste (SP) é homologada como concessionária Massey Ferguson.
Outros lançamentos dos anos 2000 no Brasil: tratores MF 5300/4 CAB, MF 5310/4 CAB, MF 5320/4 CAB, MF 660/4 CAB, MF 680/4 CAB, MF 283/4, MF 298, MF 41, MF 425, MF 435, Mf 440, MF 445, MF 451, MF 460, MF 471, MF 5340, MF 5355, MF 5360, MF 5365, MF 5420, MF 6350, MF 6360, MF2660. Colheitadeiras MF 32, MF 9790, MF 9690.
2011
– Lançamento do primeiro pulverizador da marca.
– A Agri Máquinas (AM) e a Agromac (PI) são homologadas como concessionárias Massey Ferguson.
– Primeiro pulverizador autopropelido na América do Sul, o MF 9030 chega ao Brasil em maio de 2011.
– MF é considerada na 3ª edição do Prêmio Fenabrave a marca mais desejada do setor.
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2012
– Os tratores da Série MF 4200 alcançam um marco histórico de vendas com 25 mil unidades em 20 meses.
– MF ganha novamente o prêmio “A Granja do Ano” na categoria Destaque Tratores, permanecendo invicta há 27 anos.
2013
– AGCO desenvolve a Fuse Technologies – ferramenta que tem como foco produtos e serviços totalmente conectados e integrados na propriedade rural.
– A concessionária G.R.A. reforça a presença da MF no interior de São Paulo, com a nova unidade em Ibitinga.
2014
– A série Dyna-4 criada pela MF no Brasil é um marco na agricultura nacional, com a operacionalidade das transmissões automáticas.
– A MF recebe o selo “Trator do Ano” na categoria tratores especiais durante a 15ª Expodireto Cotrijal.
2015
– A marca é eleita a melhor assistência técnica de máquinas agrícolas no setor canavieiro.
– A MF lança em 2015 a colheitadeira classe VII MF 9795 e a axial classe VI, a MF 9695.
2016
– A MF adota algumas inovações no pulverizador MF 9030, que ganha uma versão plus.
– A série 4200 de tratores compactos da MF é reformulada e ganha versões com cabine climatizada de fábrica, design robusto e moderno.
2017
– A série MF 8700 e a MF 7200 passam a contar com motor eletrônico AGCO Power.
– O programa de fidelidade da MF é criado em 2017, oferecendo a troca de pontos acumulados por produtos e serviços nas concessionárias e parceiros da marca.
2018
– O avanço tecnológico chega às plantadeiras MF 500 e MF 700 CFS, que ganham os dosadores pneumáticos Precision Planting.
– A MF vence o prêmio “Machine of the Year Brazil” 2018 na categoria ‘Colhedoras de grãos’ com o modelo MF 9895.
2019
– O trator Massey Ferguson MF 7719 S (195 cv) foi escolhido a “Máquina do Ano”, na categoria de Média Potência, no SIMA - Paris International Agribusiness Show
– Outro destaque da marca é o lançamento do Farm Solutions, tecnologia para agricultura de precisão desenvolvida pela AGCO.
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2020
– Devido à pandemia do novo coronavírus, a Massey Ferguson realiza o primeiro lançamento virtual de máquina agrícola.
– A plantadeira Momentum da Massey Ferguson é a vencedora do prêmio Machine Of The Year 2020/2021, na categoria “Semeadora”.
2021
– Em comemoração aos 60 anos de Brasil, a MF apresenta dois lançamentos: o pulverizador MF 8225 e o trator MF 4400 Plataformado.
– A MF ganha o prêmio Red Dot: Product Design 2021, na categoria de veículos comerciais, com seus tratores da série MF 8S.
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Todas as imagens utilizadas nesse e-book possuem os direitos reservados a Massey Ferguson.
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Gostaríamos de agradecer às seguintes pessoas pela contribuição decisiva para a realização deste livro: Adriana Coloca, Almir Freitas, Alberto Kazushi Nagaoka, Carlos Cogo, Darcy José Coloca, Eloisa Rangel, Henrique Orlandi Jr., Ivanete Albardeiro Matão, Joel Backes, José Geraldo Rodrigues, Leonardo Ferguson Chagas dos Santos, Luiz Fernando Coelho de Souza, Márcio Luís Schreiner, Marilda da Penha Teixeira Nagaoka, Massey Chagas dos Santos, Milton Paixão dos Santos, Nelson Ivan Petzold, Paulo Reio, Salomão Ioschpe.
Todos os esforços foram feitos para localizar os proprietários dos direitos das imagens deste livro. Pedimos desculpas por qualquer omissão não intencional, que será corrigida na próxima edição.
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AGRIANUAL 2010 – Anuário da agricultura brasileira. São Paulo: AgraFNP, 2010.
ANUÁRIO DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA BRASILEIRA 2011. São Paulo: Anfavea, 2011.
GADANHA Jr., Casimiro Dias et alli. Máquinas e implementos agrícolas do Brasil. São Paulo: IPT, 1991.
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA BRASILEIRA 50 ANOS. Edição comemorativa dos 50 anos da Anfavea – 1956-2006. São Paulo: Anfavea, 2006.
MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo – do neolítico à crise contemporânea. São Paulo: Editora Unesp; Brasília: NEAD, 2010.
MAZZALI, Leonel. O processo recente de reorganização agroindustrial: do complexo à organização “em rede”. São Paulo: Editora Unesp, 2000.
MIALHE, Luiz Geraldo. Máquinas motoras na agricultura. São Paulo: Edusp, 1980.
NOGUEIRA, Antonio Carlos Lima. “Mecanização na agricultura brasileira: uma visão prospectiva”. In: Caderno de Pesquisas em Administração. São Paulo, v. 08, n. 4, 2001, pp. 77-87.
REVISTA DE POLÍTICA AGRÍCOLA. Edição Especial Aniversário do Mapa – 150 anos. Brasília: Secretaria Nacional de Política Agrícola, Companhia Nacional de Abastecimento, 2010.
SOUZA, Luiz Fernando Coelho de; LEVIEN, Renato. “Novidades em tratores agrícolas”. In: DBO Agrotecnologia. 2001, pp. 16-18.
Prêmio Gerdau Melhores da Terra – 20 anos de história. Porto Alegre: Grupo Gerdau, 2003.
TSCHIEDEL, Mauro; FERREIRA, Mauro Fernando. “Introdução à agricultura de precisão: conceitos e vantagens”. In: Ciência Rural. Santa Maria, v.32, n.1, 2002, pp. 159-163.
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Copyright © 2021 AGCO do Brasil Comércio e Indústria Ltda.
Todos os direitos reservados, inclusive os de reprodução, no todo ou em parte, sob qualquer forma.
Primeira edição, 2011
Segunda edição, 2021
Texto final: Valentina Nunes, Daiany Suzigan, Mariana Padilha e Sandy Quintans.
Pesquisa e redação: André Pereira, Valentina Nunes, Daiany Suzigan, Mariana Padilha e Sandy Quintans.
Pesquisa: Ruiz Renato Faillace, César Luiz Romagna e Eloisa Rangel
Projeto gráfico: Eder Coelho
Diagramação: Lucas Rielli
Revisão: Fernanda von Zuben de Paulo
Capa: Grupo TAGCOM
Locução: Izabela Pimentel
Tradutora e Intérprete de Libras: Paloma Bueno
Massey Ferguson: 60 anos de Brasil
Edição: português